Redação SI 14/07/2004 – 09h43 – Veja a íntegra da nota divulgada ontem (13/07) pela Abipecs à imprensa:
A respeito de notícias mencionando propostas de restrições às exportações brasileiras de carne suína para a Argentina, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (ABIPECS) esclarece que:
1 – Desde 2002 a ABIPECS vinha participando de conversações com representantes dos importadores e dos produtores de carne suína da Argentina, através do Foro de Competitividade da Cadeia Suína do Mercosul. As reuniões sempre contaram com observadores dos governos brasileiro e argentino.
2 – Na quinta e última reunião, realizada em 26 de abril deste ano, na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, a delegação Argentina propôs inicialmente a adoção de um sistema de cotas e, depois, a fixação de um preço mínimo de US$ 1,850/tonelada para as exportações brasileiras, com um volume máximo de 2.500 toneladas/mês.
3 – As duas propostas foram recusadas pela delegação brasileira, como está registrado na ata do encontro.
4 – A ABIPECS se disse disposta a discutir uma proposta de monitoramento, com o envio mensal de estimativas de preços e volumes das exportações. A proposta foi aceita pela delegação Argentina, conforme está registrado na ata assinada, inclusive, pela AAPP, que representa os produtores. E os exportadores brasileiros iniciaram o envio das informações.
5 – Antes da reunião seguinte, prevista para o final de junho, a Argentina, sob o pretexto do foco de aftosa registrado no Pará, fora da zona livre da doença, suspendeu as importações de carne suína brasileira. Diante da adoção de medidas de ordem sanitária, pelo governo argentino, para limitar o acesso do produto brasileiro ao mercado local, a ABIPECS não viu mais sentido em dar prosseguimento às conversações no foro e decidiu encerrar um inédito sistema de entendimento comercial que emergia entre as partes.