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Exportação

Abipecs projeta produção e exportação de carne suína mais elevadas em 2014

Produção deve atingir 3,48 milhões de toneladas (mais 1%); exportação, 590 mil t (crescimento próximo a 16%).

Abipecs projeta produção e exportação de carne suína mais elevadas em 2014

A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS) projeta para 2014 produção de 3,48 milhões de toneladas, crescimento médio de 1% em relação a 2013, e exportação de 590 mil toneladas, elevação de 15,7% na comparação com 510 mil toneladas, volume estimado para este ano.

A previsão é de alojamentos estáveis de matrizes, carcaças com peso maior e recuperação da produtividade. O potencial de consumo doméstico, em 2014, deverá ficar estável em 15 Kg per capita. Como a disponibilidade interna permanecerá abaixo desse potencial, os preços no mercado interno deverão continuar firmes, remunerando toda a cadeia, diz Jurandi Soares Machado, diretor de mercado interno da ABIPECS.

A demanda externa continuará aquecida, prevê o presidente da entidade, Rui Eduardo Saldanha Vargas. Ele menciona os fatores positivos que deverão concorrer para o crescimento das vendas externas: maior demanda por parte do Japão, perspectiva de reabertura do mercado da África do Sul, abertura do mercado da Coreia do Sul, manutenção dos mercados da Rússia e da Ucrânia, e aquecimento do mercado chinês.

2013, um ano favorável – O ano de 2013 foi favorável para a suinocultura brasileira, com produção mais ajustada à demanda, custos mais baixos do que os de 2012 e elevação dos preços. A produção, de 3,45 milhões de toneladas, caiu 1,2% em relação a 2012, que foi de 3,88 milhões de toneladas. Explicam esse resultado a influência da forte elevação de custos em 2012 e os problemas de reprodução ocorridos no verão e no inverno (altas e baixas temperaturas). “Com isso, houve uma leve redução no peso médio das carcaças, uma redução de produtividade e, em consequência, diminuição da oferta de suínos para abate”, diz Jurandi Soares Machado.

Houve instabilidade no consumo em função do aumento da inflação, maior endividamento das famílias e crescimento da oferta de carnes de frango e bovina a preços mais competitivos.

Os estoques estiveram altos no primeiro semestre, em consequência do fechamento por três meses das vendas para a Ucrânia, o que levou à depressão de preços no mercado interno, sobretudo no segundo trimestre. Daí em diante, o desempenho razoável das exportações e a menor oferta interna contribuíram para a elevação dos preços ao longo da cadeia produtiva.

A disponibilidade (oferta no mercado interno) foi de 14,55 kg por habitante/ano, abaixo do potencial de consumo interno estimado em 15 kg. Isso explica em grande parte o aumento dos preços no segundo semestre.

Queda na exportação e restrição da Ucrânia – A ABIPECS estima exportação entre 510 mil e 520 mil toneladas de carne suína em 2013, uma queda de 8% a 10% em relação a 2012. O valor das vendas externas deverá se situar entre US$ 1,4 bilhão e US$ 1,45 bilhão.

A redução das exportações, em 2013, se deve principalmente ao fechamento do mercado da Ucrânia por três meses, no primeiro semestre. Já no segundo semestre, houve recuperação das vendas externas, principalmente com a volta das exportações para o mercado ucraniano. Esse fator e o aquecimento sazonal do consumo doméstico, no final do segundo semestre, permitiram uma elevação mais consistente dos preços em geral.

Os estoques altos do primeiro semestre foram desovados no terceiro trimestre. Daí em diante, houve mercado, mas não produto para vender. Ou seja, registrou-se escassez de produtos para atender à demanda.