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Economia

ACCS apresenta documentário "Vida de um Suinocultor"

Atualmente trabalhar com suínos não gera a rentabilidade ideal e é preciso buscar alternativas.

ACCS apresenta documentário "Vida de um Suinocultor"

Esse empreendimento é uma conquista. Um supermercado de um distrito, localizado no interior de Santa Catarina. E é uma conquista, pois é fruto de uma das atividades que já remunerou muito bem milhares de trabalhadores, a suinocultura. Mas como hoje, trabalhar com suínos não gera a rentabilidade ideal é preciso buscar alternativas. Foi assim que a família De Carli resolveu apostar em uma atividade do varejo para compensar os prejuízos na produção de suínos. “Não adianta ficar na agricultura, não sobra nada de dinheiro hoje em dia”, destaca o experiente suinocultor Esílio De Carli.

Esílio, que herdou de seu pai, a atividade da suinocultura, passou a vida trabalhando no setor e hoje tem essa visão da profissão. Mas o filho tenta manter viva a esperança por dias melhores, mesmo que a geração mais antiga ou a mais jovem não queiram mais saber da lida nas granjas. “Se dependesse dos meus filhos, dos netos de S. Esílio, já teríamos parado com a atividade, mas eu estou incentivando a família a continuar, mas se não houver melhoras, não teremos mesmo como continuar”, afirma Odilar De Carli.

A vida destes suinocultores é semelhante à história de qualquer produtor que está na ativa. Muito trabalho, pouco rendimento e sem tranqüilidade. Mas, tem seus bons momentos e recordações. “Está no sangue lidar com a suinocultura, desde o início da juventude”, acrescenta Odilar.

 Para quem não conhece a atividade de perto, tudo parece ser mais fácil, são os produtores que reclamam demais. Mas, quem convive nesta profissão primária para a economia, sabe que a rotina exige muito e cada vez com menor remuneração. Por isso, a produção de suínos está perdendo a cada ano um pouco de seus produtores.

A Granja da família De Carli existe há mais de 46 anos e ainda guarda as marcas do início da sua história. Muito bem cuidada, as instalações revelam que o amor pela suinocultura não morre tão fácil.  Hoje, com mais de 150 matrizes, a granja exige muito mais e depende de funcionários para ser mantida, já que os sucessores da família preferem trabalhar nas cidades.

Retrato de uma família da suinocultura que no futuro apenas se lembrará da atividade. E não estará mais contribuindo com a produção direta de alimentos, vai preferir ser um fornecedor.

Assista a matéria aqui.

E na próxima reportagem da série: Vida de um Suinocultor conheça a realidade em outra granja suinícola. Você verá que a proteína do leite, é mais valiosa que a carne.