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Economia

ACCS prevê mercado mais favorável ao suinocultor nessa semana

Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da associação, fez análise do primeiro bimestre de 2016.

ACCS prevê mercado mais favorável ao suinocultor nessa semana

Como já previa o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi, o ano de 2016 é de desafios para a suinocultura. Apenas nos dois primeiros meses do ano os produtores tiveram uma enorme perda de rentabilidade. O valor pago pelo quilo do suíno pelas agroindústrias ao produtor integrado teve queda de R$ 0,30 no primeiro bimestre, sendo que o valor praticado varia entre R$ 2,80 e R$ 2,90, – mais bonificação de carcaça de 10%.

 A queda foi ainda maior no mercado independente. O valor do quilo do suíno caiu de R$ 3,70 para R$ 3,20. “Houve negociações no início de fevereiro por até R$ 2,90 com o custo de produção de R$ 3,78 por quilo”, disse Losivanio.

 Ao passo em que os valores pagos aos suinocultores declinaram, os custos de produção, principalmente da ração, à base de milho e farelo de soja, aumentaram. Um dos motivos para a inflação dos cereais foi o alto volume de exportação, favorecido pela desvalorização do real frente ao dólar. No comparativo entre 2015 e 2016, a saca do milho em Santa Catarina era vendida por R$ 36,90 no fim do ano passado, sendo que o valor já chegou a R$ 48,00 nos dois primeiros meses.

 O presidente da ACCS está na busca de alternativas para manter a atividade viável no Estado. “O governo precisa acabar com as burocracias quando as entidades representativas da suinocultura buscam alternativas para desenvolver o setor”, analisa Losivanio.

Análise da semana

 O presidente da ACCS avalia que o mercado deverá ser mais favorável ao suinocultor nesta semana, já que a expectativa é obter melhores preços com a chegada do mês de março. “Tivemos um aumento em todas as bolsas. Santa Catarina tinha uma comercialização a R$ 3,30 e o valor do quilo do suíno foi passado para R$ 3,40. Isso é o reflexo da alta procura por suínos e o preso regulado com a oferta”.

Por causa da concentração da safra na colheita, o custo de produção deverá baixar, pois haverá mais oferta de insumos no mercado. “Precisamos fazer com que o preço pago ao produtor integrado chegue aos R$ 3,50 para que a gente possa investir na atividade”, diz Losivanio.