O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, sugeriu cautela durante avaliação das medidas contidas no Plano Safra 2011/12.
Segundo o dirigente, o aporte de recursos para investimentos é positivo, mas é preciso primeiro devolver saúde ao setor, abrir mercados para a carne suína brasileira e dar garantias ao produtor.
“Temos produtores inadimplentes e se faz necessário liberar as matrizes financiadas para refinanciar novamente. Fizemos uma reunião na semana passada em Brasília em que ficou acertado que haveria recursos para negociação das
Na sua opinião, tão importante quanto o aporte de recursos para investimentos é amarrar garantias para o setor. Lembra que hoje a indústria enfrenta dificuldades devido a alta de custo da produção e o produtor, da mesma forma. Conforme o dirigente, o suíno tem custo estimado em R$ 2,64/quilo quando o produtor está recebendo R$ 1,80 quilo. “É preciso ter o cuidado de não iludir quem pretende fazer investimentos no negócio”, enfatiza o dirigente.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, por sua vez, considerou o volume de recursos anunciado no Plano Safra significativo. “O volume é bom, não há dúvida, mas nossos pleitos eram conjunturais”, disse Camargo Neto.
Entre as medidas que beneficiam a suinocultura está o aumento do limite de custeio de R$ 275 mil para R$ 650 mil, acréscimo de 136%. Se o produtor adotar sistemas de rastreabilidade, esse limite poderá ser ampliado.