Redação (17/12/2008)- A região do Vale do Piranga agrega 60.000 mil matrizes e é responsável por 30% da produção de matrizes no Estado de Minas Gerais. Compreende cerca de 22 munícipios que completam Região da Zona- da Mata, aonde estão alocadas o total de matrizes descritas.
Em entrevista à Suinocultura Industrial, Armando Barreto Carneiro, presidente da Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap), de Minas Gerais, avalia 2008 como um ano de grandes conquistas para a suinocultura, como o aumento do consumo da carne suína. Segundo ele, a crise não deve ocasionar grandes impactos na suinocultura mineira e nacional. Confira abaixo:
Suinocultura Industrial – Que avaliação o senhor faz do desempenho da suinocultura brasileira ao longo do ano de 2008? Em sua opinião quais fatores foram decisivos para esse resultado?
Armando Carneiro – A suinocultura brasileira no ano de 2008 atuou num cenário positivo, trazendo rentabilidade aos suinocultores. Uma vitória para o setor foi o aumento do consumo interno da carne suína, resultado do crescimento do país e dos trabalhos desenvolvidos pelas entidades representativas do setor nesse sentido.
SI- Como o senhor analisa o desempenho da atividade suinícola
AC- Foi um ano de resultado econômico acima das médias históricas, nesse aspecto foi positivo. Quanto às dificuldades, se destacam as sanitárias. O impacto da Circovirose, resultante de problemas na oferta de vacina, prejudicou o desempenho das Granjas.
SI- Quais as perspectivas para o setor suinícola nacional de maneira geral e da atividade
AC- As perspectivas devem ser de crescimento, sempre. O cenário é positivo nacional e regionalmente, demonstrando oportunidades de negócios. Importante destacar que não estamos em um momento de projeções ou certezas diante da crise mundial que estamos enfrentando.
SI– O senhor acredita que a crise financeira internacional terá impactos no comportamento da atividade suinícola em 2009? De que forma?
AC- Estamos conectados ao mundo, portanto sempre há consequências. Mas por uma questão individual da atividade, o impacto pode ser pequeno. Como vendemos alimento, devemos ser os últimos a sofrer possíveis retrações de consumo, ou nem sofrer. Já o nosso principal insumo que é o milho, caiu de preço, mudou de patamar, também ajudado pela desalavancagem nos mercados futuros, Dessa forma, o impacto final na atividade pode não ser negativo. Mas esse tema ainda está longe do fim.