As ações chinesas encerraram as operações desta sexta-feira com a maior queda em um dia em mais de dois meses, devolvendo os ganhos de uma recente recuperação em meio a correções no mercado de commodities e a novos sinais de estresse dos títulos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen e o índice de Xangai tombaram mais de 2 por cento, as maiores quedas desde o final de fevereiro, deixando ambos os índices na mínima de fechamento de um mês e meio.
Analistas atribuíram parte da fraqueza das ações às quedas no mercado chinês de commodities nas últimas sessões, e temores de que mais companhias precisam vender ações para levantar dinheiro suficiente para pagar dívidas com o crescimento do número de defaults.
No resto do continente, as ações também recuaram às mínimas de um mês, com os investidores se preparando para o relatório de emprego fora do setor agrícola dos Estados Unidos, após o número de pedidos de auxílio-desemprego levantar dúvidas sobre a situação do mercado de trabalho norte-americano.
Economistas consultados pela Reuters projetam que os dados do mercado de trabalho dos EUA devem mostrar criação de 202 mil postos de trabalho em abril, na sequência do ganho de 215 mil em março, com a taxa de desemprego se mantendo em 5 por cento.
Às 8:03 (horário de Brasília), o índice MSCI que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão caía 1,06 por cento, a caminho de registrar queda de mais de 3 por cento na semana, maior desvalorização em 12 semanas.
O índice Nikkei do Japão, que voltou a operar após ficar fechado por feriados desde terça-feira, devolveu os ganhos de mais cedo para encerrar em queda de 0,25 por cento, com a força do iene renovando as preocupações com os lucros corporativos.