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Clima

Ações contra prejuízos

Setor rural pressiona por ações que amenizem danos causados pelo clima na região Sul. Famurs propõe criação de Plano Estadual de Defesa Civil.

Entidades ligadas ao setor agrícola do RS começam a semana articuladas em diversas frentes para levar a Brasília argumentos capazes de sensibilizar a União. Amanhã, representantes das federações da Agricultura (Farsul), dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), prefeituras, sindicatos rurais e parlamentares participam de audiências nos ministérios do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura, das Cidades, das Relações Institucionais e da Integração Nacional.

Além da busca de solução para as dívidas dos produtores que sofreram perdas na lavoura e na pecuária, a comitiva espera que o governo federal aja na reconstrução de estradas e pontes danificadas ou destruídas para garantir o trânsito e o escoamento da produção.

Na quarta-feira, a diretoria da Farsul debate os problemas causados em todos os segmentos da atividade. Além do arroz, que deverá registrar quebra superior a 10% da produção, culturas como soja e feijão preto foram fortemente atingidas pelas chuvas. Na quinta-feira, sindicatos rurais de 80 municípios que têm o arroz como base econômica participam de encontro na sede da federação. “Queremos obter os números mais precisos possíveis junto ao Irga para que possamos falar a mesma linguagem. A tendência é formular documento único, com a anuência da Federarroz e do Irga”, afirma o presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong.

A Federação das Associações de Municípios do Estado (Famurs) promoverá reuniões regionais para repassar os resultados das audiências em Brasília e encaminhar a Assembleia de Verão, nos dias 21 e 22 de janeiro, em Tramandaí. Um dos principais temas deverá ser a proposta da criação de um Plano Estadual de Defesa Civil, com um fundo emergencial. O presidente da entidade, Marcus Vinícius Vieira de Almeida, sugere que 1% do ICMS recolhido ao Estado e 0,5% do que arrecadam os municípios seja destinado ao fundo. “Isso representaria uma reserva de R$ 40 milhões anuais, que ajudaria com mais rapidez a quem perdeu tanto e não terá como recuperar”, diz Almeida, também prefeito de Sentinela do Sul.