Um dos fatores responsáveis pelo aumento ocorrido nos ultimos anos na exploração de codornas para postura tem sido o interesse cada vez maior dos consumidores pelo tipo de ovo produzido por essas aves, os quais se destacam pelo seu tamanho, proporcionando um charme a mais nas refeições diárias, além de serem muito utilizados em self-services pratos como petiscos e entradas.
As codornas japonesas são uma espécie de ave com muitas diferenças comportamentais, fisiológicas e produtivas em comparação com as galinhas. Em galinhas a formação da casca ocorre no período noturno, podendo ser observado através da maior frequência de postura que ocorre no período da manhã, diferentemente das codornas, que concentram sua maior intensidade de postura no período da tarde entre 15:00 e 19:00 horas (PIZZOLANTE et al., 2007). O tempo de formação dos ovos também é diferente entre codornas e galinhas sendo menor nas codornas (18 a 20 horas) (PINTO et al., 2003). Em relação à produtividade, de acordo com TEIXEIRA (2010) a precocidade em relação à maturidade sexual da codorna japonesa faz com que ela produza duas ou três vezes mais que a galinha poedeira em relação ao seu peso vivo, ainda que isso dependa muito do programa de iluminação.
O momento do arraçoamento serve de estímulo ao consumo de ração, ou seja, o barulho e o movimento gerado por esse manejo pode agir como um agente condicionante, levando as aves a se habituarem, e aumentar a ingestão de ração após este estímulo (FASSANI, 2013). O conhecimento do melhor momento de arraçoamento poderia auxiliar em situações de baixo consumo, decorrentes de algumas situações como o estresse calórico que pode afetar a qualidade do ovo produzido. A eficiência na utilização dos nutrientes contidos em uma ração de postura também pode estar diretamente interligada ao horário de arraçoamento. Neste sentido, vêm sendo realizados estudos relacionados com a adequação do horário de fornecimento da dieta diferindo ou não os teores de nutrientes para melhorar a qualidade tanto interna quanto externa dos ovos. A literatura relata que o padrão alimentar de podeiras pode variar em relação ao momento da formação do ovo e da ovoposição. O pico de consumo após a ovulação pode ser reflexo de um aumento das necessidades de nutrientes associadas com a secreção de albumina a partir do magno, que começa menos de uma hora após a ovulação.