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Agroindústria puxa o crescimento da economia

No PR, número de postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano cresceu 13% nas agroindústrias, o que significa a abertura de 24.152 novas vagas.

Da Redação 23/09/2004 – A agroindústria continua apresentando indicadores positivos e é um dos setores que mais tem contribuído para o crescimento da economia do Paraná. No caso do emprego, enquanto a indústria paranaense em geral elevou em 10,11% o número de postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano, na agroindústria o crescimento foi de 13%, com a abertura de 24.152 vagas. De acordo com os indicadores da indústria divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), de um total de 430 mil trabalhadores da indústria do Paraná, 186 mil são do setor da agroindústria.

Três setores da agroindústria (produção de álcool, fabricação de produtos de madeira e refino de açúcar) respondem por 63,7% dos empregos neste segmento, informa o economista do Dieese Sandro Silva.

Indicadores

Os diversos indicadores conjunturais analisados pelo Dieese e Federação dos Trabalhadores na Indústria do Paraná mostram que a indústria de transformação paranaense vem apresentando desempenho positivo ao longo deste ano, com destaque para o nível de emprego, com a abertura de 43.515 postos de trabalho. Outro indicador importante para avaliar o desempenho do setor é a produção industrial, que registrou crescimento de 4,68% na comparação com os primeiros sete meses de 2003.

Pela primeira vez, o Dieese está divulgando o indicador de produtividade na indústria do estado, que nada mais é do que a produção física en relação às horas pagas. Entre janeiro e julho, a produtividade da indústria foi de 2,37%, e de 2,64% em 12 meses.

Segundo explicou o supervisor técnico do Dieese, Cid Cordeiro, a produtividade é um indicador muito importante, pois aponta a competitividade da economia. Além disso, para os trabalhadores é um dos requisitos nas reivindicações salariais.

O único fator de preocupação apontado por Cid Cordeiro na questão dos indicadores da indústria é o preço industrial, que este ano cresceu 14,39%, contra uma inflação de pouco mais de 6%. Segundo ele, o que mais vem pressionando os preços industriais é a alta do aço em função da demanda internacional; das matérias plásticas, diante da elevação do petróleo; e produtos da indústria mecânica, também pela demanda.