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Agroindústrias carregam contêiner

Empresas do Oeste de SC comemoram assinatura de novos contratos de venda para a Rússia.

Redação SI 26/06/2003 – As agroindústrias catarinenses já estão fechando os primeiros contratos de retomada das exportações para a Rússia. O presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarnes), José Zeferino Pedrozo, disse que os embarques de carnes de outros estados já recomeçaram e, nesta semana, devem ser carregados navios com carne suína de Santa Catarina.

Pedrozo, que também preside a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc) e a Coopercentral Aurora, afirmou que a cooperativa já acertou a venda de 5 mil toneladas, que devem ser enviadas em julho. Ontem (25), os contêineres de carcaça suína estavam sendo carregados em Chapecó, para transporte até o porto, onde devem ficar estocados até o embarque.

O gerente de programação do Porto de Itajaí, Luís Martins, disse que os embarques para a Rússia estão 100% normalizados a partir deste mês. O único problema do porto neste momento é a operação tartaruga dos carregadores que estão embarcando apenas quatro contêineres por hora, contra uma média de 15 contêineres em situação normal.

Mesmo com a suspensão das exportações para a Rússia desde o final do ano passado, a expectativa das agroindústrias é de atingir 500 mil toneladas de vendas para o exterior, superando as 475 mil toneladas de 2002.

Pedrozo disse que a Rússia deve absorver 350 mil toneladas de carne e o restante deve ser colocado nos mercados tradicionais e novos compradores, como a África do Sul.

Preços preocupam os produtores

A Argentina também retomou as compras de suínos de Santa Catarina. Além disso, há a perspectiva de iniciar as vendas para a China e Japão. O interesse de ambos já foi protocolado, restando fechar o acordo definitivo.

O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Wolmir de Souza, disse que a demanda por carne suína do Estado é grande, mas que está preocupado com remuneração do produtor. Souza espera que as agroindústrias não depreciem o preço do suíno nas vendas externas, o que levaria prejuízo para o criador.

O secretário-geral da Faesc, Enori Barbieri, sugeriu que a Associação Brasileira de Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs) organize a venda e estabeleça um preço mínimo do produto.