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Agronegócio não pode ser penalizado pelo fim da CPMF

<p>É tarefa do governo rever a peça orçamentária e estabelecer quais são as prioridades.</p>

Redação (19/12/2007)- O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fábio Meirelles, afirmou que a extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não leva à "estagnação" dos entendimentos que envolvem o setor agrícola, principalmente em relação à renegociação das dívidas dos agricultores.

Ele disse que é tarefa do governo rever a peça orçamentária e estabelecer quais são as prioridades. "A agricultura não pode ser jogada para segundo plano. O governo precisa avaliar o que é imprescindível", afirmou.

A CNA apresentou os primeiros resultados dos Ativos do Campo, parte do projeto do Campo Futuro. O objetivo é calcular custos de produção e, com base nesses levantamento, cobrar políticas de apoio ao setor.

O levantamento divulgado ontem mostra que o reajuste dos preços de fertilizantes e glifosato usados nas lavouras de soja subiram cerca de 30% na safra 2007/08 na comparação com o período anterior.

"Hoje, para o produtor da maior parte das regiões, é mais interessante plantar soja convencional. O pagamento dos royalties não compensa", explicou o superintendente técnico da CNA, Ricardo Cotta. Ele criticou, na entrevista, a possibilidade da Venezuela ingressar no Mercosul.

"O setor agrícola precisa de sucesso nas negociações internacionais e a Venezuela representa uma dificuldade, um complicador nesse processo", completou.