Apesar do dólar fraco, o agronegócio brasileiro deverá fechar o ano com superávit superior a U$ 60 bilhões. O número foi apresentado nesta quarta-feira em Curitiba pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. O setor é responsável por quase metade das exportações brasileiras. “Ano passado, essa participação chegou aos 42% e este ano será ainda maior, gerando um superávit extraordinário. Devemos chegar ao fim do ano com US$ 72 bilhões de exportações provenientes do agronegócio. E vamos importar apenas algo em torno de US$ 12 a US$ 14 bilhões”, disse o ministro à Agência Brasil.
Segundo ele, o Brasil está aproveitando bem este momento de ampliação do consumo de alimentos em todo o mundo. “O Brasil é hoje o grande fornecedor de proteínas, tanto de origem animal como vegetal, e pode aproveitar o momento para expandir ainda mais sua atividade agropecuária. Já exportamos alimentos para 215 países e somos os maiores exportadores de vários produtos, além dos tracionais café, açúcar e suco de laranja. Estamos nos destacando nas exportações de carne bovina, suína e de aves e já ocupamos a condição de maiores exportadores do complexo soja”.
O ministro reconhece a existência de gargalos no agronegócio brasileiro, mas lembrou que não se fala mais nisso como Custo Brasil. “Estamos ganhando a competição no mundo inteiro. Existem realmente áreas que devem ser melhoradas, mas já estão previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com investimentos significativos, suficientes para incorporar novos modais no transporte de safras , substituindo, por exemplo, o transporte rodoviário por ferrovias e portos”.
O ministro Wagner Rossi foi a Curitiba participar da abertura do Fórum Sementes de um Novo Brasil, promovido pela empresa multinacional Syngenta, uma das maiores produtoras mundias de sementes e defensivos agrícolas. A empresa também é uma das líderes em pesquisa e desenvolvimento no setor de biotecnologia agrícola.