Redação (12/02/2009)- A proposta da iniciativa privada para reformulação do modelo de política agrícola prevê o fim da declaração anual de imposto de renda para os produtores rurais. A ideia é que o produtor faça uma declaração plurianual a cada 3 ou 5 anos, considerando a média dos rendimentos no período anterior à declaração.
A proposta foi bem aceita pela secretária da Receita Federal, Lina Vieira. ‘‘Eu já estive com ela (Lina Vieira), e ela me informou que só deve haver uma diferenciação entre os vários níveis de produtores’’, afirmou a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu.
A presidente da CNA reuniu-se em Brasília com representantes das federações estaduais de Agricultura para discutir o novo modelo da política agrícola que está sendo debatido pela iniciativa privada e governo. Kátia Abreu disse que as propostas que têm sido defendidas pe
Ela acrescentou que a mudança na declaração é necessária por causa da periodicidade da atividade agrícola. Ele defendeu a formalização da atividade agrícola com a criação de um Simples Rural. A formalização combateria a sonegação e consequentemente reduziria os custos da atividade.
Para que o produtor faça adesão ao modelo, o governo precisa reduzir impostos da atividade. Hoje, o setor do agronegócio, segundo dados da CNA, é taxado em 16,9% em comparação com 5% em outros países. Essa formalização, segundo Kátia Abreu, ajudaria a reduzir os custos para contratação de seguro rural.
A principal reivindicação para safra 2009/10 é a garantia de recursos para o cultivo das lavouras. Kátia ressaltou que 75% do financiamento da agricultura é feito por meio de tradings, empresas que deixaram de emprestar dinheiro nesta safra porque tiveram de remeter capital para suas matrizes por causa da crise internacional. Sem dinheiro, não será possível combater dois efeitos da crise: o aumento do desemprego no campo e a elevação dos preços dos alimentos em virtude da redução da oferta.