Da Redação 29/10/2007 – O índice é apurado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e funciona como termômetro da inflação do setor produtivo. Já a indústria de transformação terá importância reduzida para 69,28% em 2008, enquanto este ano, ela representa 72,36%.
De acordo com o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, o novo IPA será mais sensível às oscilações de preço da soja do que às do petróleo. A soja em grão passou a responder por 5,38% do novo indicador, tornando o principal item. Com isso, desbancou a liderança do óleo diesel, que representava, atualmente, 5%. "De 1985 para cá, o agronegócio andou mais rápido que a indústria", disse.
Em 2006, o País produziu 58,3 milhões de toneladas de soja. A quantia é quatro vezes maior do que na safra dos anos 1985 e 1986, quando a produção foi de 13,2 milhões de toneladas. Ela é o produto agrícola com maior participação no PIB (Produto Interno Bruto), com 23,7% de representação, ou R$ 28,8 bilhões. Os dados são da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária).
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"O ganho de peso da soja é coerente com o que houve nos últimos 20 anos e retrata o bom momento do agronegócio", afirma o secretário executivo da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, Fábio Trigueirinho.
Inclusão
Produtos utilizados no cotidiano do brasileiro, como o telefone celular, aparelho de DVD e o computador foram incluídos no indicador. As cotações do ouro para aplicação industrial na fabricação de produtos de precisão passaram a ser acompanhadas.
Segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), o uso do ouro para a solda de contato entre os fabricantes de conectores eletrônicos para a indústria de telecomunicações é crescente.
A estrutura atual do IPA foi criada com dados de 1985. A última revisão aconteceu há 10 anos. Ele corresponde por 60% da inflação medida pelo IGP (Índice Geral de Preços). Este último é utilizado no mercado financeiro e como indexador de vários tipos de contrato.
