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Alca, empresários são contra

Não são apenas os membros do Partido dos Trabalhadores que se opõem à Alca. Muitos empresários brasileiros também acham que não haverá grandes vantagens no acordo.

Da Redação 01/11/2002 – Não são apenas os membros do Partido dos Trabalhadores, incluindo o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, que se opõem à Área de Livre Comércio das Américas (Alca), que teoricamente deverá operar a partir de janeiro de 2005. Muitos empresários brasileiros também acham que não haverá grandes vantagens num amplo acordo de livre comércio se determinadas barreiras à importação continuarem a ser impostas pelos Estados Unidos.

É o caso de Luiz Fernando Furlan, principal executivo da Sadia. Sua empresa exporta cerca de US$ 700 milhões por ano de frango, carne bovina e produtos industrializados derivados do porco à União Européia, Oriente Médio e alguns países da Ásia. A Sadia não vende absolutamente nada para os Estados Unidos, principalmente porque seus procedimentos sanitários e técnicos não se enquadram precisamente às exigências americanas. Para Furlan, esta é uma forma de protecionismo.

O objetivo da Alca é eliminar tarifas e cotas e estabelecer princípios comuns para a regulamentação de investimentos e práticas trabalhistas e ambientais para todo o continente, exceto Cuba.