Da Redação 03/02/3004 – 05h20 – Agricultura, investimentos e compras governamentais são temas que estão sempre no centro das polêmicas da Alca. Ao menos para efeito mais prático e imediato, o coração das tratativas é representado pelo grupo de acesso a mercados.
É nesse âmbito que se discute que produtos podem ficar mais baratos graças à retirada da tarifa de importação – ou que setores industriais ficam ameaçados pelo mesmo mecanismo.
Também é no grupo de acesso a mercado que se processa o troca-troca que caracteriza o processo de negociação. Vêm e vão listas de produtos que podem ter suas tarifas zeradas imediatamente ou em cada um dos prazos definidos: cinco anos, 10 anos ou mais de 10 anos. O último grupo é reservado aos chamados produtos sensíveis, os que podem ter sua fabricação comprometida no país de origem caso sejam submetidos à competição de estrangeiros sem cobrança de imposto. A próxima etapa desse processo, diz Osvaldo Douat, presidente da Coalizão Empresarial Brasileira, está previsto para 13 de fevereiro.
“As coisas estão ficando bastante difíceis, mas estamos trabalhando nas listas. Estamos nos preparando para pegar os pontos mais críticos e ver se é possível alcançar, com é o desejo do Itamaraty “, relata Douat.
Essa é uma área também menos sensível a mudanças a partir da reunião de Puebla. Além disso, está com o cronograma mais apertado, porque o prazo para essas negociações termina dentro de sete meses, em setembro.