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Alca: EUA buscam acordos sem o Brasil

Os Estados Unidos pressionaram ontem (18/11), em Miami, em busca de acordos bilaterais mais ambiciosos com países da América do Sul, Central e do Caribe.

Da Redação 19/11/2003 – 04h15 – Com a perspectiva indefinida de um amplo pacto de livre comércio no continente, os Estados Unidos pressionaram ontem, em Miami, em busca de acordos bilaterais mais ambiciosos com países da América do Sul, Central e do Caribe.

Amanhã e sexta-feira, negociadores de 34 países do continente reúnem-se em Miami, nos EUA, para a 8 Reunião Ministerial da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).

Enquanto essas autoridades continuam a debater formas de estruturar a proposta da Alca, o representante comercial dos EUA, Robert Zoellick, anunciou planos de iniciar conversas com Colômbia, Peru, Equador e Bolívia – o Panamá também seria incluido. Ontem, o porta-voz da organização não-governamental Oxfam International disse que a iniciativa dos EUA é uma forma de intimidar o Brasil.

Os EUA esperam concluir o acordo com cinco países da América este ano e iniciar diálogos com a República Dominicana no começo de 2004.

Até recentemente, EUA e o Brasil estiveram em conflito sobre os objetivos das Alca. Washington apoiava um pacto mais amplo, cobrindo temas como serviços, propriedade intelectual, investimento e compras governamentais, além dos cortes nas tarifas.

Comunicado dá mais fôlego às negociações

Mas um comunicado elaborado por Zoellick e o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, como parte da minuta da declaração da reunião da Alca em Miami, parece dar fôlego para a posição brasileira, permitindo que os países possam escolher certas partes do acordo.

O texto levantou preocupações em países como Canadá, Chile e México, que já têm um amplo acordo de livre comércio com os Estados Unidos. Eles querem que todas nações da região tenham o mesmo grau de comprometimento no acordo, a fim de uma Alca com maior abrangência.