Da Redação 03/10/2002 – A Área de Livre Comércio das Américas (Alca), proposta lançada em 1994 durante a 1a. Cúpula das Américas, em Miami (EUA), está prevista para ser implantada em janeiro de 2005. O maior interessado no rigoroso cumprimento do cronograma estipulado é o governo americano, que busca uma adesão incondicional ao acordo por parte dos países latino-americanos, principalmente o Brasil, dono de um mercado interno cobiçado pelo seu potencial. No entanto, crescem as ações de resistência à Alca, promovidas pela sociedade brasileira com destaque para o Plebiscito Nacional, realizado entre 1 e 7 de setembro, que condenou o projeto americano.
Alguns especialistas, como o professor do Instituto de Economia da UFRJ, Reinaldo Gonçalves, têm uma opinião e um desenho sobre a Alca para o Brasil. Em entrevista à revista Crea RJ, edição número 40, o professor disse que a Alca representa o fortalecimento das raízes da atual trajetória de instabilidade e crise no Brasil, nos termos propostos atuais. A Alca significará a maior liberalização e desregulamentação da economia brasileira. A maior abertura implica em aumento da vulnerabilidade externa do País, diz. A Alca interfere diretamente na soberania nacional porque envolve arranjos jurídicos e institucionais que protegem os agentes econômicos estrangeiros. Sobre a negociação da Alca o professor de Economia disse que ela está sendo feita sem transparência. Porém, trata-se ainda de um projeto e que pode ser discutido e revertido.
E você? Já tem uma opinião sobre a Alca? Para o Brasil seria mais interessante estar no bloco ou fora dele? Envie-nos a sua opinião pelo e-mail [email protected] para que estas idéias possam ajudar o País, e o agribusiness nacional, a reivindicar por propostas justas na integração.