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Mercado Interno

Alimentos estáveis

Preço de alimento deve parar de subir em junho na região do Grande ABC, segundo análise do IPC-USCS/ABC.

O consumidor da região terá estabilidade ou queda na média dos preços dos alimentos a partir do fim do mês, analisou o assistente de coordenação do Índice de Preços ao Consumidor do Grande ABC da Universidade Municipal de São Caetano (IPC-USCS/ABC).

A tendência apresentada pelo especialistas reflete resultado do indicador de inflação da instituição de ensino da segunda quadrissemana, que desacelerou para 0,56%, contra 0,62% da primeira quadrissemana de maio. Dentro do segundo resultado semanal do mês, o feijão, atual inimigo número um do bolso do consumidor, e o tomate apresentaram desaceleração considerável. E eles são os itens que mais pressionam o grupo alimentos.

As chuvas do primeiro trimestre afetaram a oferta do tomate, que chegou a encarecer em recorte semanal mais que 40% em março, lembrou Dantas. “E na segunda quadrissemana deste mês, já apresenta deflação na casa dos 13%”, diz.

O avanço da média de preços do feijão, registrado na segunda semana de maio, foi de 21%. Se comparado com igual resultado de abril, a desaceleração chega a 8,75 pontos percentuais.

“A expectativa é de que haja desaceleração maior no indicador consolidado de maio, ou pode até gerar deflação”, pontua Dantas, destacando que o período de safra do grão está previsto para o próximo mês. No entanto, acrescenta que o recuo não terá a mesma intensidade e velocidade como ocorrido com o tomate, pois não se enquadra no grupo atingido pelo clima.

Previsão

Dantas diz que o resultado não apresenta pressões de outros alimentos em destaque. Por outro lado, alguns grupos apresentam quedas nos preços. “Principalmente aqueles que tiveram grandes altas nos últimos meses”, acrescenta, atribuindo a característica, especialmente, ao óleo de soja e o açúcar.

“Como exemplo, o grupo de alimentos industrializados teve queda de 0,29% na segunda quadrissemana. Isso acontece, principalmente, porque a região tem a presença de grandes redes varejistas, o que proporciona maior disputa de mercado e as reduções de preços acontecem”, explica Dantas.

Para o pesquisador, a inflação do Grande ABC de maio deve acumular aumento em torno dos 0,40%. Em abril, o IPC-USCS/ABC subiu 0,60%.