Redação (25/10/06) – Segundo o veterinário Luciano Roppa, o setor tem potencial de expansão, para atender o mercado interno brasileiro e, principalmente, a demanda internacional.
Roppa é presidente do comitê organizador do 3 Congresso Latino-Americano de Suinocultura, o Pork Expo 2006, que será aberto hoje (25) à noite, em Foz do Iguaçu (PR).
Na avaliação dele, os produtores estão otimistas em relação ao futuro do setor, apesar de a carne de porco ainda sofrer “preconceitos” e ser rotulada como de alto teor calórico e de colesterol.
“A carne suína é um alimento nutritivo, além de muito saboroso. Desde 1980, o porco perdeu 31% de gordura, 14% de calorias e 10% de colesterol, graças aos avanços da tecnologia e da genética, principalmente em relação aos cruzamentos e seleção de animais superiores”, pondera. “Além disso, é indicada para quem apresenta um quadro de hipertensão arterial [a chamada pressão alta], devido ao baixo índice de sódio”. Ele acrescenta que esse tipo de carne, como qualquer outro alimento, só oferece riscos se for ingerido de maneira exagerada.
A abertura do congresso, considerado o maior evento de suinocultura do mundo, será feita pelo ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto. O tema central será “Como produzir carne suína com modernos conceitos de segurança alimentar, proteção do meio ambiente e bem-estar animal”.
Três seminários técnicos estão sendo realizados simultaneamente desde a manhã de hoje como prévia para a abertura oficial. Em discussão, temas como sanidade, nutrição e reprodução dos animais.
A expectativa dos organizadores é que 12 mil pessoas visitem a feira, para conhecer as cerca de 150 empresas expositoras que estarão espalhadas em uma área de 10 mil metros quadrados.
Além da programação científica (serão 36 palestrantes, em quatro seminários técnicos de especialização, 12 palestras e cursos práticos de formação), está prevista programação gastronômica e de entretenimento. Cerca de 2,5 mil congressistas de 41 países devem participar do evento.