Redação (18/07/2008)- O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, voltou a defender nesta quinta-feira (17) a redução dos subsídios agrícolas praticados por países ricos. Segundo ele, essa é a melhor forma de contribuir para a diminuição dos fluxos migratórios de cidadãos de países pobres que buscam melhores condições de vida nos países desenvolvidos.
“Isso é que os países ricos têm que entender. A melhor maneira de diminuir a imigração é um bom resultado que favoreça os países em desenvolvimento na Rodada Doha. Quanto mais eles baixarem os subsídios agrícolas e menos fizerem reivindicações que impliquem sacrifício de empregos nos países pobres, menor vai ser o problema da imigração”, disse Amorim, que participou no Rio de Janeiro da abertura da 1ª Conferência das Comunidades Brasileiras do Exterior.
O ministro citou o subsídio ao etanol como um dos que precisam ser reduzidos para evitar efeitos distorcidos no comércio internacional. “Tem até candidato norte-americano que é contra os subsídios”, acrescentou.
Ainda sobre a questão da imigração, Amorim disse que os países ricos precisam ter uma visão lúcida e de longo prazo. Afinal, segundo ele, a grande maioria dos imigrantes trabalham para o desenvolvimento das nações para onde vão, muitas vezes realizando atividades que as comunidades locais não querem fazer.
O ministro, Amorim, que embarca ainda hoje para Genebra (Suíça), disse estar esperançoso com a reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), que começa na semana que vem. Neste fim de semana, ele irá participar de encontros preparatórios para o evento.