Aurora
A Aurora manteve-se em primeiro lugar no ranking de faturamento, fato que se repete desde 1996, apresentando um aumento de 1,07% no faturamento em relação a 2000.
Já no ranking das melhores, a Aurora retomou a liderança, posto que havia perdido em 2000, quando caiu para a terceira colocação.
Com o lucro líquido aumentando de R$ 3 milhões para mais de R$ 22 milhões, ela retomou o crescimento de seus índices de margem líquida, rentabilidade de ativos e de patrimônio líquido. Apesar de ter aumentado seu endividamento a longo prazo, houve um sensível aumento em seus índices de liquidez, o que significa que ela apresenta uma margem de segurança em relação às dívidas.
Seu segmento de suínos teve um abate recorde de 1.723.015 cabeças, aumentando sua participação no mercado interno em 9% nos volumes e 12% no faturamento. As exportações de suínos também apresentaram um aumento considerável, de 133% em volumes e 120% em valores.
Já o segmento de aves não acompanhou o crescimento do setor no Brasil no que se refere a volume de vendas, que diminuiu na ordem de 29%, o que não impediu que seu faturamento no setor aumentasse 3,23%. Assim como o segmento de suínos, ele mostrou um bom desempenho nas exportações que evoluíram 20% em unidades e 82% em valores.
Dentre os países que importaram produtos Aurora, destaca-se a Rússia, onde, além de compensar a diminuição dos negócios com o Mercosul, a marca Aurora foi eleita o produto estrangeiro de melhor qualidade importado pelo país em 2001.
Copacol
Com um faturamento 14% menor que o de 2000, a Copacol ficou apenas com o 6 lugar no ranking das maiores. Além do fato de que a cooperativa teve um faturamento bruto menor do que o do ano anterior, outro fato que contribuiu para posicionar a Copacol na penúltima colocação foi a inclusão de outras duas cooperativas maiores que ela.
Apesar de ter perdido a liderança para a Aurora no ranking das melhores, ficando com segunda colocação, ela mostrou evolução em diversos índices. Como, por exemplo, seus indicadores de liquidez, que refletem sua segurança financeira, principalmente a curto prazo. A redução em suas receitas foi compensada por um aumento em seus lucros, o que se refletiu em um aumento sensível de sua margem líquida.
Seus financiamentos e empréstimos cresceram acentuadamente, tanto a curto, quanto a longo prazo, deixando sua participação de capital de terceiros em quinto lugar, a pior colocação da Copacol nos índices.
Coopervale
Com o aumento na receita de aproximadamente 45%, a Coopervale subiu uma posição no ranking de faturamento, aparecendo em 2 lugar. Enquanto que, no ranking das melhores, caiu da segunda para a terceira posição.
Ao contrário do que aconteceu em 2000, o aumento da receita acabou gerando um crescimento considerável do lucro líquido, o que pode ser ilustrado pelo aumento na rentabilidade de ativo e de patrimônio líquido e também na margem líquida. Já seus índices de liquidez se estagnaram, mas continuam entre os melhores.
Um fato curioso foi a diminuição de seu realizável a longo prazo na ordem de 67% ao mesmo tempo que seu exigível a longo prazo teve uma redução menor, aproximadamente 21%, o que de certa forma justifica o desempenho de sua liquidez.
Coopavel
Em 2001, a Coopavel sofreu uma grande queda no número de animais em seu frigorífico de suínos, aproximadamente 40%. Fato que não ocorreu no frigorífico de aves, que se manteve estável em trinta e um milhões de animais.
Ela subiu da quarta para a terceira colocação no ranking de faturamento. Pelo segundo ano consecutivo, obteve o maior faturamento de sua história, apresentando também neste ano um lucro recorde.
No ranking das melhores, a Coopavel se posicionou em quarto lugar. Novamente, a cooperativa melhorou a sua posição pela saída de duas outras, pois a nota atribuída a ela foi um pouco menor do que a do ano passado, de 5,44 para 5,03.
Seu lucro líquido teve um aumento na ordem de 53%, o que refletiu diretamente nos índices de margem líquida. O primeiro indica que ela está obtendo um bom lucro por produto vendido, o segundo que ela possui uma grande eficiência operacional.
Contudo, sua liquidez corrente, ou seja, sua segurança para equilibrar suas entradas e saídas de caixa a curto prazo, mostrou-se novamente muito baixa, em parte, devido ao endividamento diante dos fornecedores.
A Coopavel tem planos para, em 2002, ampliar sua produção de suínos, ao mesmo tempo em que procurará continuar seu bom desempenho nas exportações de aves, principalmente para a União Européia, ampliando seu frigorífico.
Lar
Participando pela primeira vez da análise do Quem é Quem, a Lar possui o quinto maior faturamento de 2001 entre as cooperativas. Sua participação no mercado é de 13,10%, que é bem próxima da Coopavel e da Cotrel, terceira e quarta colocadas, respectivamente.
Essa cooperativa é a quinta melhor dentre as atuantes no ramo de avicultura e suinocultura, tendo nota atribuída de 4,74. A Lar esteve na média, em relação às outras cooperativas, na maioria dos índices.
Os pontos fortes dessa cooperativa são a sua margem líquida, que se deve em grande parte ao aumento de 338% nas sobras, e a participação de terceiros. Esses índices mostram que a empresa possui um bom lucro por produto vendido, e liberdade financeira por não depender de financiamentos de terceiros.
O desempenho mais fraco da Lar foi na liquidez geral, índice no qual foi-lhe atribuída a segunda pior nota. Porém, tal desempenho se dá principalmente em longo prazo, devido a financiamentos realizados, não sendo preocupante no momento.
Cotrel
A segunda cooperativa estreante do Quem é Quem teve um aumento em sua receita de 9,07% em relação a 2000, ficando em quarto lugar neste ranking. Já no ranking das melhores, a Cotrel posicionou-se na sexta colocação, ficando apenas na frente da Languiru.
Por meio da análise, pôde-se perceber que a cooperativa aumentou seu endividamento em aproximadamente 60%, enquanto que suas Cotas Partes a receber (realizável a longo prazo) permaneceram muito parecidas com as do ano anterior. Tal fato justifica o antagonismo entre a liquidez corrente (índice em que a Cotrel ficou em primeiro) e a liquidez geral (índice em que a Cotrel ficou em último). Apesar de ter aumentado seu endividamento, a cooperativa teve o melhor (menor) índice de participação de terceiros.
Seu segmento de suínos representou 29,6% (juntamente com o de bovinos) da receita bruta total, sendo o mais representativo da cooperativa. Houve incremento tanto na produção quanto no peso médio por cabeça. Contudo, os resultados não foram satisfatórios devido ao surto de febre aftosa que cortou as exportações do Estado do Rio Grande do Sul e dificultou os negócios com outros estados brasileiros por alguns meses.
Já o segmento de aves, que foi responsável por 28% do faturamento, não teve sua produção incrementada devido à queda na oferta de pintos. Mesmo assim, houve evolução no faturamento em função dos preços praticados, maior peso das aves e maior valor agregado da produção.
Para 2002, espera-se um aumento no abate, por meio do incremento na capacidade de alojamento junto aos associados.
Languiru
Desde 1996, na primeira análise Quem é Quem, a Languiru tem perdido posição não só no ranking faturamento como nos indicadores financeiros. No ano de 2001, a cooperativa ocupou a última posição em ambos. Apesar do crescimento de 11,25% no faturamento bruto em relação a 2000, este representou apenas 5% do faturamento total das cooperativas analisadas. O aumento de produção foi mais evidente no setor de aves, 67,90% contra 5,16% do setor de suínos.
Mesmo com o crescimento no faturamento bruto, a cooperativa continuou com prejuízo, embora menor que no ano passado. O resultado negativo comprometeu sua posição no ranking das melhores cooperativas, pois houve maior imobilização dos Ativos Permanentes e Patrimônio Líquido, maior participação de capital de terceiros, e conseqüentemente, queda na liquidez geral e corrente.
Todos os Índices da Análise das Cooperativas em 2002