A carne de frango é presença garantida na mesa de muitos consumidores brasileiros. Segundo dados da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o consumo médio de carne de frango no país está em torno de 47 kg anuais per capita.
O Brasil está entre os três maiores produtores de frango do mundo, juntamente com Estados Unidos e China. A estimativa é que o país encerre a produção em 2013 com aproximadamente 12,5 milhões de toneladas, destes cerca de 69% do alimento é destinado para consumo nacional. Já em números de exportação, continuamos em primeiro lugar do ranking mundial de acordo com a Ubabef.
Para alimentar os 7,2 bilhões de habitantes do mundo, o desafio do mercado avícola atual é minimizar o custo de produção através da ambiência, manejo, sanidade e nutrição. “Essas condições permitem que a ave expresse todo seu potencial genético e atinja o peso corporal desejado em um menor espaço de tempo com melhora na conversão alimentar”, afirma o zootecnista e gerente de Nutriserviços/Aves e Suínos da Guabi, João Carlos de Angelo.
Apesar dos números da avicultura brasileira parecerem positivos em produção e exportação, o mercado está atento aos entraves que cercam a economia avícola dos próximos anos. Segundo estudo da Ubabef em conjunto com a Agro.Icone, houve um sinal de alerta neste setor devido ao custo de produção brasileira ter aumentado 185%, enquanto no mesmo período os Estados Unidos teve alta de 71% e a Tailândia 30%.
As dificuldades enfrentadas pelo setor no Brasil estão atreladas ao alto custo industrial e ao transporte. Os custos de produção variam devido à exportação de insumos, principalmente grãos, que impedem a compra e manutenção de estoques adequados do produto para os animais alojados. Outro ponto falho é a logística que utiliza as rodovias como o principal meio de transporte. Isso aumenta o valor da carne, que por segurança alimentar, necessita ficar mais tempo refrigerada encarecendo a carne no mercado interno e impedindo maior competitividade no exterior. Além disso, há problemas com a alta tributação e complexidades burocráticas.
Mesmo com esses gargalos, o setor emprega mais de 3,6 milhões de pessoas, direta e indiretamente e movimenta oito milhões de dólares anualmente. A perspectiva para 2014 é que os custos com a alimentação de aves sofram queda devido à alta safra de grãos prevista para o próximo ano. Isso gera uma diminuição do preço das carnes e a indústria poderá manter a lucratividade, lembrando que Brasil só vai reforçar seu posto de grande produtor se fechar mais acordos para exportação com outros países, investir na infraestrutura e criar políticas com menos cargas tributárias e burocráticas.
Com 39 anos no mercado, o Grupo Guabi é hoje um dos maiores produtores de rações e suplementos do país e conta com oito unidades fabris localizadas em Campinas (SP), Bastos (SP), Sales Oliveira (SP), Pará de Minas (MG), Anápolis (GO), Além Paraíba (MG), Goiana (PE) e Pecém (CE).