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Exportação

Ano começa desacelerado para exportadores de frango

Paraná, maior produtor de todo o território nacional, tem desempenho similar à média nacional.

Ano começa desacelerado para exportadores de frango

As exportações de carne de frango começaram desaceleradas neste início de 2013 em todo o País. De acordo com números da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), a comercialização de janeiro fechou em 290,4 mil toneladas, queda de 11,7% em comparativo ao mesmo período do ano passado. Na receita, houve queda de 6,7% no mesmo período, com total de US$ 592 milhões.

O Paraná, maior produtor de todo o território nacional, teve desempenho similar à média nacional. Segundo dados do relatório divulgado esta semana pelo Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado (Sindiavipar), as vendas para o exterior do produto fecharam em 80,7 mil toneladas, exatos 11% a menos em comparativo a janeiro de 2012, quando foram vendidas 90,7 mil toneladas do produto. Já a queda na receita paranaense foi mais significativa que a brasileira: algo de em torno de 10,4%. As vendas fecharam em US$ 149,7 milhões, sendo que no ano passado somaram US$ 167,1 milhões.

Se as remessas para o exterior foram menores, o mercado interno parece estar suprindo a demanda. Em relação aos abates, o Estado saltou de 120,7 milhões de cabeças abatidas em janeiro do ano passado para 124,3 milhões este ano, alta de 2,9%. Em todo o ano passado, foram abatidos um total de 1,4 bilhão de cabeças de frango.

Para o presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, a queda da exportação é natural neste período, já que os preços estão menos convidativos do que no ano passado. “Janeiro de 2012 foi um mês completamente atípico. O importante é que a produção se manteve boa e o mercado interno está fantástico para o setor.”

Martins acredita que a partir de março – com a temporada das feiras de alimentos pelo mundo mais aquecidas – os preços de comercialização internacional devem se recuperar. “Esta defasagem deve diminuir nos próximos meses. O ideal seria que os preços internacionais subissem pelo menos 10%”, projeta ele.

Depois da crise enfrentada pelo setor no ano passado, principalmente devido ao aumento dos valores das commodities soja e milho, a expectativa é de um ano melhor. No final de 2012, de acordo com o informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), um quilo de frango comprava 2,7 quilos de farelo de soja. Já neste início de ano, o mesmo quilo compra quase 3 quilos da ração. “O importante é que o produtor tenha acesso à ração, já que devido à safra os preços da soja e do milho devem se estabilizar no momento. Não acredito que no primeiro trimestre tenhamos um aumento de produção, mas certamente este ano vamos crescer bem acima do PIB (Produto Interno Bruto), estipulado em 3%.”