A JBS SA, maior processadora de carne bovina e de frango do mundo, registrou lucro líquido de R$ 254,3 milhões no segundo trimestre, uma queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou a empresa quinta-feira à noite (14).
Apesar dos ganhos de vendas em quase todas as unidades de negócio, o lucro da JBS foi menor em R$ 350 milhões por conta de custos relativos ao hedge, e R$ 90,4 milhões em pagamento de prêmio durante o trimestre de liquidação antecipada das notas com vencimento em 2016 da JBS SA e da Bertin SA. A receita líquida totalizou R$ 29 bilhões no trimestre, um aumento de 32% ante o 2T de 2013, devido ao aumento da receita de todas as unidades de negócio, exceto da Pilgrim’s Pride.
O destaque foi a JBS Mercosul, que ganhou quase 16% na receita, na comparação ano a ano, e as operações de carne bovina e suína nos EUA que foram beneficiadas por maiores preços de venda. O lucro líquido consolidado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 2,4 bilhões para o trimestre, um aumento de quase 46% ante um ano atrás. A margem Ebitda da empresa foi de 8,4%. A JBS gerou um fluxo de caixa líquido de R$ 147,3 milhões durante o trimestre, impulsionado pelo aumento dos preços de venda e pelas vendas que cresceram em geral, juntamente com a expansão robusta das exportações. A relação da dívida líquida sobre o Ebitda, ou alavancagem da companhia, fechou o trimestre em 3,15 vezes, contra 3,26x no primeiro trimestre. As vendas internas foram responsáveis por 68% das receitas globais da JBS no 2T, enquanto 32% foram provenientes de exportações. As vendas para o exterior totalizaram US$ 44,3 bilhões, um aumento de 45% ano a ano. A JBS Foods, unidade de negócios mais nova da empresa, criada no final de 2013 para suínos, aves e alimentos processados no Brasil, registrou receita líquida de R$ 3,08 bilhões no trimestre, um aumento de 11% ante um ano atrás. A unidade, que para muitos analistas terá uma oferta pública inicial antes do fim do ano, registrou Ebitda de R$ 440,4 milhões no 2T, com margem Ebitda de 14,3%. Uma melhoria em volume de vendas nos mercados nacionais e estrangeiros, juntamente a aumentos de preços no mercado interno e aos esforços de reposicionamento de marcas e categorias de produtos, auxiliaram no crescimento da JBS Foods. Um aumento de 11% nos preços de exportação de carne suína foi um dos destaques da receita.
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A JBS Mercosul apresentou uma receita líquida de R$ 6,3 bilhões, um aumento de quase 16% em relação ao 2T de 2013, um resultado importante, já que a unidade incluía a JBS Aves no Brasil nessa época do ano passado, que atualmente está incorporada à JBS Foods. As operações no Paraguai e Uruguai tiveram aumentos em seus preços médios de exportação durante o trimestre. Para as operações no Brasil, a companhia prevê um aumento no volume de vendas para fora do país no resto do ano, e uma melhoria nas vendas internas após investimentos em marketing na marca Friboi. A JBS USA Beef, que inclui a Austrália e o Canadá, teve um aumento de receita líquida de 10,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 5,3 bilhões. O Ebitda de US$ 108,6 milhões durante o trimestre caiu 33% ante o 2T de 2013, devido aos custos das matérias-primas. Entretanto, uma redução na oferta de carne levou a preços mais elevados, compensando o aumento do preço do gado durante o trimestre. A JBS USA Pork registrou receita líquida de US$ 1,03 bilhão, um aumento de 18,4% ano a ano, em parte devido ao aumento de 24% nos preços domésticos e ganho de 16,7% nos preços de exportação. A oferta de suínos permaneceu apertada, mas combinada com forte demanda no mercado interno e nos mercados de exportação, como Hong Kong, Japão e Coreia do Sul, o que contribuiu para uma melhor precificação do suíno nos EUA. Para a Pilgrim’s Pride, o lucro caiu ligeiramente no segundo trimestre, mas as vendas avançaram. A subsidiária registrou lucro de US$ 190,4 milhões, em comparação aos US$ 190,7 milhões de um ano atrás.
