Javalis provocaram prejuízos de mais de R$ 2 milhões na última safra na Serra e no Oeste catarinenses. Além da caça autorizada, os municípios estudam outros métodos, como armadilhas, para tentar conter esses animais, como mostrou o RBS Notícias desta segunda-feira (06/06).
Em estradas rurais ou andando livremente pelos campos, os javalis se tornaram um dos maiores perigos das lavouras catarinenses. Somente entre os 70 associados de uma cooperativa, as perdas na última colheita chegam a 5% do que foi plantado em 20 mil hectares.
“Nos últimos levantamentos feitos dessa safra, chegamos na cifra de R$ 2 milhões de dano”, lamentou o chefe de unidade da cooperativa, Jocelito Matos.
O alimento preferido dos javalis é o milho, mas a soja também é atacada. Em lavouras pequenas, o estrago é rápido. Dependendo da quantidade de animais, em apenas uma noite os javalis podem devorar um hectare inteiro.
Caça
Até agora, o método de controle mais utilizado é a caça, autorizada desde 2010. De 2011 até o ano passado, a Polícia Militar Ambiental emitiu 534 autorizações para o abate de javalis. O resultado foram mais de 3,4 mil animais abatidos. Até março deste ano, já tinham sido emitidas 155 licenças para a caça só na região serrana.
“Quando a gente expede a permissão para o abate, a gente orienta as pessoas, os autorizados, que nos tragam relatórios mensalmente, ou até semestralmente. Só que a gente sabe que as pessoas não trazem. Então é sabido que o número de animais possivelmente é bem maior do que nos apresentam”, disse o cabo Antonio Marcos de Jesus, da Polícia Militar Ambiental.
Armadilhas
Além da caça tradicional, são pensadas outras alternativas no combate aos javalis. Em Campo Belo do Sul, na Serra, deve começar a sair do papel na próxima semana a construção de gaiolas para captura e posterior abate dos animais.
Já foram mapeados 95 pontos onde as armadilhas serão instaladas, a um custo de R$ 100 mil. Esse dinheiro vai sair de uma parceria entre prefeitura, cooperativas e empresas da região.