Depois de registrar um longo período em queda, a média de preços do suíno vivo no Centro-Sul do Brasil iniciou um movimento de recuperação no final da semana passada, que se estendeu até esta quinta-feira (19/11).
Segundo levantamento do analista de Safras & Mercado, Allan Maia, após 5 de outubro, quando o valor médio do quilo vivo estava em R$ 3,91, houve um declínio por 26 dias. Passado o último dia 13, contudo, a cotação começou a reagir, ficando em R$ 3,71. “De lá para cá o preço vem avançando gradualmente, chegando ao valor médio de R$ 3,75 ontem e com tendência de novos aumentos para os próximos dias”, destaca. Em relação à última semana houve um aumento de 1,43%, quando o preço era cotado a R$ 3,70.
Conforme Maia, a demanda vem mostrando sinais de melhora, o que se reflete no preço pago ao produtor, bem como no atacado. “O valor médio dos cortes de pernil ao longo da semana passou de R$ 7,13 para R$ 7,26, alta de 1,84%. Já o valor médio da carcaça avançou 1,21%, de R$ 5,98 para R$ 6,05”, informa.
Maia destaca que os frigoríficos apostam em uma procura mais firme nos próximos dias, com o recebimento da primeira parcela do décimo terceiro salário por boa parte a população. “A previsão é de que os preços voltem a subir, até mesmo pela necessidade de reposição dos custos de produção, que seguem bem elevados neste ano em relação ao anterior”, comenta.
No cenário exportador, a boa notícia foi o anúncio de habilitação de duas novas plantas de carne suína aptas a exportar para a China, num total que chegará a oito a partir de agora. “Essa mudança, contudo, terá impacto nos embarques apenas no médio e longo prazos”, afirma Maia.
O desempenho dos embarques até o momento mostra um desempenho melhor frente a outubro para a carne suína “in natura”. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, a exportações renderam US$ 60,3 milhões em novembro até o momento, com média diária de US$ 6,7 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 25,7 mil toneladas, com média diária de 2,9 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 2.341,90.
Na comparação com a média diária de outubro houve ganho de 30% na receita, alta de 36,4% no volume e queda de 4,7% no preço. Em relação a novembro de 2014, ocorreu uma retração de 1,1% na receita, ganho de 55,8% no volume e queda de 36,5% no preço.
A análise de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi cotada a R$ 81,00, com avanço de 2,53% frente aos R$ 79,00 por arroba da semana anterior. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 3,08 para R$ 3,14, enquanto no interior a cotação subiu de R$ 3,93 para R$ 3,95. Em Santa Catarina o preço do quilo passou de R$ 3,05 para R$ 3,10 na integração. No interior, a cotação subiu de R$ 3,73 para R$ 3,76. No Paraná o quilo vivo avançou de R$ 3,75 para R$ 3,80 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo teve alta de R$ 3,95 para R$ 3,97.
No Mato Grosso do Sul a cotação subiu de R$ 3,12 para R$ 3,15 na integração, enquanto em Campo Grande o preço avançou de R$ 3,42 para R$ 3,45. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 4,30 para R$ 4,40. No interior de Minas Gerais o quilo teve incremento de onze centavos, chegando a R$ 4,45. No mercado independente mineiro a cotação teve alta de R$ 4,05 para R$ 4,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis passou de R$ 3,40 para R$ 3,47. Já na integração do estado a cotação avançou de R$ 3,14 para R$ 3,15.