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Mercado Interno

Após queda, preço do suíno reage

No primeiro bimestre perdas chegaram a 30%. Mesmo com animal valorizado, preocupação é com custo do milho.

Após queda, preço do suíno reage

Após acumular queda de 30%, no primeiro bimestre, os preços dos suínos pagos aos produtores começaram a reagir este mês. A alta dos grãos, contudo, ainda preocupa os criadores, que reclamam que os leilões de milho feitos pelo governo não estão conseguindo arrefecer as cotações do insumo.

Conforme a Informa Economics FNP, o quilo do suíno vivo caiu 30,8% no primeiro bimestre do ano, e o da carcaça no atacado cedeu 26,9%, ambos em São Paulo. Mas desde o piso alcançado pelo suíno vivo no fim de fevereiro – R$ 2,29 o quilo, menor patamar desde 2007 – o animal valorizou-se 9%, passando a R$ 2,50 o quilo, no dia 16 de março. A carcaça vendida no atacado do Estado teve recuperação de 3,2% em março, com valor médio de R$ 4,40/quilo. “A tendência de alta deve se firmar”, diz o analista Aedson Pereira da Silva. Ele aposta da recuperação das exportações e na demanda interna ao longo de 2011 para segurar os preços.

Mas os produtores seguem preocupados com a valorização dos grãos, que reduz os lucros. Hoje, cada quilo de suíno vivo compra 4,4 quilos de milho em São Paulo (saca a R$ 34,00), segundo a consultoria. No fim de fevereiro, a relação de troca estava um pouco pior – 4,24 quilos de milho/quilo de suíno. A melhora, portanto, ainda é tímida. Milho e farelo de soja representam 50% dos custos.

O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos, Fabiano Coser, crê que as cotações dos insumos não devem subir mais, mas não deverão recuar muito. “Temos que absorver o novo valor das commodities.” O mercado interno é uma aposta. “Queremos chegar ao consumo per capita doméstico de 15 quilos até 2012. A cada um quilo de aumento, são mais de 100 mil matrizes no campo”, diz.