Exportações catarinenses de carne suína e de frango registram queda em setembro. Após o recorde de exportações em agosto, Santa Catarina diminui as vendas de carnes para o exterior. A boa notícia é que o resultado do último mês não interfere no desempenho do setor ao longo do ano. Em 2017 a arrecadação com as exportações de carne suína já é 27,5% maior do que no mesmo período do ano passado, o mesmo acontece com a carne de frango que teve um crescimento de 7,5% nas receitas.
Em agosto as exportações de carne suína tiveram o melhor resultado já obtido em um único mês no estado. Já em setembro, as vendas do produto para outros países foram 25,8% menores e o faturamento caiu em 23,2%.
Ao todo foram embarcadas 22 mil toneladas do produto, arrecadando US$ 48,9 milhões. O resultado é reflexo da retração nas vendas para a Rússia, principal destino da carne suína catarinense. Em setembro, as exportações para aquele país foram 16% menores do que no mesmo mês de 2016.
Assim como acontece na avicultura, o resultado abaixo do esperado não compromete o bom desempenho ao longo do ano. Em 2017, as exportações já superam as 213 mil toneladas e o faturamento soma US$ 500,4 milhões – 27,5% a mais do que no mesmo período de 2017.
Exportações do Brasil
Como grande produtor e exportador de carnes, o desempenho de Santa Catarina tem impacto direto nos resultados brasileiros. E assim como o estado, o país também ampliou o faturamento com as vendas de carne suína e de frango em 2017 e, somado, chegou a US$ 6,68 bilhões.
De janeiro a setembro, o Brasil já exportou 3,2 milhões de toneladas de carne de frango e as receitas já passam de US$ 5,4 bilhões em 2017 – superando em 5,3% o último ano. No mesmo período foram 520,5 mil toneladas de carne suína com um faturamento de US$ 1,23 bilhões – 17,7% a mais do que em 2016.
Contudo, assim como em Santa Catarina, no âmbito nacional também foram registradas quedas nas quantidades exportadas em setembro, em relação ao mês anterior: -10,78% no caso da carne suína e -6,71% para a carne de frango.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri).