A semana que passou registrou um aquecimento no mercado de suínos vivos em alguns estados, o que ajudou a amenizar, em parte, a aflição que tem tomado conta dos produtores de suínos do país, fortemente atingidos pela crise. Mesmo assim, os números ainda são insuficientes para encerrar de vez com a crise da suinocultura.
Em Minas Gerais, um acordo fechado entre os produtores e os frigoríficos determinou o preço da comercialização do quilo do suíno vivo em R$ 3. O acordo foi fechado para valer entre os dias 26 de julho e 2 de agosto. Mas os produtores ainda continuam buscando reajuste.
A reação de parte do mercado, contudo, ainda está longe de ser uma realidade em todos os estados produtores. Em Santa Catarina, por exemplo, o mercado ainda não conseguiu reagir. Há uma grande preocupação com relação, especialmente, aos pequenos produtores independentes e aos mini-integrados.
Lá, os preços do suíno vivo têm subido devido à desistência de alguns produtores, que não conseguiram resistir à grave crise que atinge o setor. Com menos suínos no mercado, o preço tende a ficar mais elevado.
Na região sul de Santa Catarina, que é o estado com maior produção de suínos do país, o preço do suíno vivo fechou a semana em R$ 2,50. As associação locais, em conjunto com a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), avaliam que os preços devem continuar em elevação.
Enquanto não tivermos soluções concretas do governo para suprir as demandas da suinocultura, a tendência é que o preço do suíno siga em alta, não por medidas benéficas, mas como consequência da própria crise. Enquanto não tivermos ações do governo, mais produtores vão acabar desistindo da produção e, com isto, a oferta de suínos vivos no mercado deve ser reduzida.
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