Segundo a matéria, em fevereiro último as compras externas aumentaram 40 vezes em volume, tendo ingressado na Argentina um total de 3100 toneladas de carne suína congelada, por um valor superior a três milhões de dólares.
Até aí, nenhum problema. Acontece que a mesma matéria enfoca o depoimento do presidente da Associação Argentina de Produtores de Suínos (AAPP), Juan Luís Uccelli, que deixa transparecer que tal realidade é decorrente de uma concorrência não muito bem vista do mercado brasileiro.
Argumentos argentinos – Para tanto, a matéria cita que em junho de 2002 encerraram-se as investigações de “dumping” que o setor privado argentino havia iniciado contra o Brasil, enquanto se negociava um acordo com a indústria automotriz. Nesta época, Uccelli diz que as importações de carne suína congelada eram de apenas 75 toneladas. “Todavia não podemos fazer porcos com carburador”, ironizou Uccelli, com o intuito de explicar o que considera falta de atenção da chancelaria, disse o La Nacion.Suínos brasileiros não estão sendo bem vistos na Argentina. Os produtores locais de leitões afirmam que o território argentino está sendo invadido pelos similares provenientes do Brasil, e exigem medidas que impeçam o que definem como o eventual desaparecimento do setor na Argentina. Segundo a Associação Argentina de Produtores de Suínos (AAPP), o acelerado crescimento das importações de carne suína congelada coloca em risco a continuidade e o crescimento do setor.
O conflito que ameaça despontar entre o Brasil e a Argentina não é novo. Na verdade, seria a Terceira Guerra do Porco, já que desde 1995 os dois países confrontaram-se em duas ocasiões anteriores sobre o comércio da carne suína. (do Diário da Manhã/GO)