“No que tange ao agronegócio, a Argentina continua sendo um bom país para fazer negócios”. É o que afirma Alejandro Golfari, gerente geral da Chemotecnica SA, sediada no país sul-americano que enfrenta diversas dificuldades de relacionamento entre o governo e o setor produtivo rural. Ele concedeu entrevista durante o 7º Brasil Agrochem Show, realizado na semana passada em São Paulo.
“Seguimos sendo o terceiro produtor de soja. Temos um sem fim de hectares de milho, e o produtor tende a plantar todos os anos, mesmo que não tenha um bom resultado econômico. Segue sendo um mercado de US$ 2,5 bilhões, que está consumindo. A realidade é que o mundo não pode se dar ao luxo de abrir mão da Argentina produzindo grãos ou cereais”, afirmou.
“No ano que vem, é provável que haja outra direção política, uma forma de ver o mercado muito diferente da atual. Os candidatos à sucessão presidencial tem outra visão do produtor rural. Até mesmo o governo atual sabe que o agro é o principal gerador de divisas para o país. Cerca de 37% das vendas externas são agrícolas. Se sabe que a agricultura é um motor econômico. É provável que os candidatos saibam que é aforma mais rápida de ter retorno econômico”, conclui.