Redação (08/11/2007)- O ministro da Economia da Argentina, Miguel Peirano, anunciou ontem um aumento do imposto sobre a exportação de soja, trigo e milho, como temiam os agricultores, que se queixam da pressão do Fisco.
O imposto sobre a soja passa de 27,5% para 35%, o de trigo de 20% a 28% e o de milho de 20% para 25%, disse o funcionário durante uma entrevista coletiva, na qual assegurou que o ajuste "preserva os níveis de rentabilidade adequados" para o setor agrícola.
"As medidas vão gerar estabilidade de preços, crescimento dos investimentos e fortalecimento da economia", assegurou o ministro, ao afirmar que o ajuste permite ainda "um equilíbrio" entre o mercado interno e o externo.
Peirano assegurou que não é possível prever o aumento das entradas obtidas pelo Fisco graças a este ajuste, porque os preços internacionais dos grãos "têm uma volatilidade muito alta".
Nos últimos dias, dirigentes de associações de produtores agrícolas e pecuários expressaram sua preocupação com um aumento dos impostos e sustentaram que o Governo recorre a esse setor para compensar o aumento do gasto público.
"Este ano haverá um superávit fiscal (antes do pagamento de dívidas) de mais de 3% do Produto Interno Bruto, com o qual se mantém o fortalecimento das contas" do Tesouro dos últimos anos, disse o ministro da Economia.
O aumento dos impostos foi aplicado no momento em que as autoridades prevêem que a produção de grãos alcançará o recorde de 95 milhões de toneladas.