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Argentina pode impor cota a suínos

Suinocultores argentinos alegam que a carne brasileira não respeita o preço mínimo fixado em acordo.

Redação SI 13/07/2004 – 06h27 – Os produtores de suínos da Argentina querem incluir no pacote de negociações com o Brasil a limitação de exportações brasileiras do produto para o mercado argentino.

Segundo o presidente da Associação Argentina de Produtores de Suínos, Juan Ucelli, o Brasil não está cumprindo o acordo assinado no último dia 16 de abril por representantes dos setores privados de ambos países.

O acordo “fixou um preço mínimo de US$ 1.850 a tonelada para a importação de carne suína do Brasil”, explicou Ucelli, que “solicitou ao presidente Néstor Kirchner que inclua o assunto nas conversações multilaterais para que estas importações não prejudiquem a produção local”.

Produtores queixam-se da falta de subsídios

Ele afirma que “o monitoramento das operações de maio e junho passados mostra que as importações foram praticadas com preços muito menores e, em alguns casos, chegaram a US$ 1,3 mil a tonelada”. Ucelli garante que esse valor “destrói a produção local porque são preços de liquidação e não podemos competir com isso”.

O consumo interno de carne suína fresca aumentou de um quilo por habitante/ano, em 2003 para 1,7 quilo, em 2004. Já o consumo de carnes suínas salgadas é de 4,5 quilos por ano.

No entanto, o presidente da associação admite que os suinocultores argentinos têm uma vantagem em relação ao Brasil, porque dispõem de insumos básicos para a alimentação dos animais mais baratos.

Isso deve-se ao fato de que estes produtores pagam impostos por suas exportações que são compensados pelos preços mais baixos para o mercado local.