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Argentina retira barreira ao frango, mas concorrência agora é maior

A receita obtida com a retomada das vendas para o mercado argentino ficará longe da média registrada antes da barreira, imposta em 2001.

Redação AI 27/02/2003 – Apesar da retirada da sobretaxa imposta pela Argentina ao frango brasileiro, a receita obtida com a retomada das vendas para aquele mercado ficará longe da média registrada antes da barreira, imposta em 2001.

Na época do embargo, o Brasil exportava o equivalente a US$ 60 milhões por ano em carne de frango. A estimativa é de que, com a retirada da barreira, o País embarque para a Argentina entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões dentro de três anos, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), Claudio Martins.

“No período de vigência da barreira, os avicultores argentinos se fortaleceram e poderão garantir os produtos sem que o País precise importar”. Outro fator que impede o embarque de grandes volumes do produto brasileiro para o mercado argentino é a descapitalização da população, que está consumindo menos do que na época da barreira.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) alegou, esta semana, que a Argentina violou as regras internacionais ao aplicar uma medida antidumping contra o produto brasileiro. O país vizinho alega que estabeleceu a barreira após constatar prática de dumping pelos exportadores brasileiros.

Segundo as regras da OMC, os argentinos poderão ainda apelar e arrastar o caso por mais alguns meses. O relatório definitivo sai em algumas semanas.

Em 2002, o Brasil exportou 200 mil toneladas de frango, gerando uma receita da ordem de US$ 180 milhões.