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Exportação

Associação quer que Reino Unido assegure comércio internacional

IMTA representa empresas britânicas que atuam no setor de carnes e movimento mais de US$ 5 bilhões por ano

Associação quer que Reino Unido assegure comércio internacional

A associação inglesa de comércio internacional de carnes (IMTA, na sigla em inglês) emitiu um comunicado na sexta-feira (24/06), dizendo que o governo do Reino Unido precisa manter as transações de exportação e importação de carnes para assegurar a cadeia local. “Será vital para todas as empresas associadas que o acesso a fontes de importação de carne, bem como mercados para exportação, sejam mantidas. Por isso vamos buscar o governo do Reino Unido para assegurar a continuidade do comércio nos próximos dois anos”, diz o texto.

A IMTA representa importadores e exportadores britânicos de carne bovina, suína, ovina e de aves. Entre seus associados, o volume combinado de negócios é mais de 4 bilhões de libras (US$ 5,47 bilhões), representando emprego direto de mais de 15.000 pessoas. Ainda segundo a associação, no Reino Unido, cerca de 45% das carnes consumidas são importadas. “Os consumidores da indústria e do Reino Unido esperam ter acesso a produtos de carne de alta qualidade, e exigem estabilidade e um fornecimento contínuo de todas as fontes, incluindo a UE”, afirma a associação.

A IMTA acrescenta que isso é crucial, para fim de manter a nação alimentada, garantir o acesso contínuo ao fornecimento para o varejo, os serviços de alimentação, a fabricação e os setores do atacado. Pela ponta vendedora, a instituição afirma que cerca de 24% da carne britânica é exportada para mercados na UE e globalmente. “O acesso permanente a esses mercados é fundamental para garantir suporte completo ao agricultor britânico e ao setor de carnes como um todo.” 

O IMTA diz ainda que é essencial que a indústria seja consultada previamente antes de quaisquer mudanças futuras que o governo britânico possa fazer em regulamentos comerciais ou decisões que tenham implicações para o setor. “Quaisquer mudanças devem ter um período de transição razoável para evitar choques repentinos para o mercado e para a economia”, conclui.

Entre janeiro e março deste ano, o Reino Unido importou 9,768 mil toneladas (ou 22,996 mil toneladas equivalente-carcaça, TEC) do Brasil, que resultou num faturamento de US$ 43,86 milhões, conforme a Abiec, com base nos dados do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A maior parte foi de carne industrializada, com 8,581 mil toneladas (ou 21,45 mil TEC) e faturamento de US$ 36,756 milhões. De carne in natura, foram embarcadas do Brasil para o Reino Unido no período 1,187 mil toneladas (ou 1,543 mil TEC), com faturamento de US$ 7,1 milhões.