Os criadores de suíno do centro-oeste de Minas Gerais estão trabalhando no vermelho por causa do aumento no custo de produção. O preço do farelo de soja, usado na ração, subiu bastante e o mercado não paga o suficiente para repor essa alta.
A granja em Pará de Minas envia 500 animais para o abate toda a semana. O produtor independente Igor Parreiras teve de fazer um empréstimo para manter a produção nos próximos dois meses. O custo da ração é um dos motivos da descapitalização do criador.
Esta semana, a tonelada do farelo de soja chegou a ser comercializada por R$ 1 mil em algumas regiões de Minas Gerais. Houve um aumento de 55% em relação ao mesmo período do ano passado. Além do aumento do custo de produção, o produtor sofre com a constante queda no preço pago pela carne.
Os 140 associados da cooperativa também reclamam da situação. “Não há como tocar a atividade com essa comercialização baixa e insumos altos”, diz Geraldo Resende, diretor da cooperativa.
Em um ano, o valor pago pelo quilo do animal vivo na região centro-oeste de Minas Gerais caiu 17%.