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Aumento nos embarques, melhora no preço

<p>Exportações de carne de frango crescem 16,71% em volume e 22,74% em receita no primeiro trimestre do ano. Preço médio superou expectativas da ABEF, conforme indica análise divulgada hoje pela entidade.</p>

Redação AI (11/04/07) – As exportações de carne de frango totalizaram embarques de 303.465 toneladas em março, o que representa um aumento de 34,57% em relação ao mesmo mês em 2006. A receita cambial somou US$ 408,739 milhões, o que corresponde a um aumento de 53,85% em relação a março do ano passado.

Com este resultado o acumulado das exportações de frango no primeiro trimestre de 2007 indica embarques de 744.730 toneladas, ou 16,71% acima do mesmo período em 2006, e receita cambial de US$ 970,529 milhões, com incremento de 22,74% na mesma comparação.

O preço médio obtido no trimestre ficou em US$ 1.303/tonelada, acima das projeções da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (ABEF) para 2007, de US$ 1.200/tonelada. Porém a valorização do real frente ao dólar, que vem se acentuando em abril, ainda representa um fator inibidor das exportações, ao reduzir a rentabilidade das empresas e comprometer a rentabilidade de nosso produto no mercado internacional.

A ABEF mantém as projeções para 2007, de embarques de 2,850 milhões de toneladas, com aumento de 5% sobre 2006, e receita cambial de US$ 3,420 bilhões, em um crescimento de 6,8% na mesma comparação.

O setor, porém, manifesta sua preocupação diante da possibilidade de uma nova greve dos fiscais agropecuários, marcada para ter início no próximo dia 2 de maio. Em 2005 a paralisação impediu embarques de aproximadamente 50 mil toneladas de carne de frango. E uma greve agora pode prejudicar sensivelmente a recuperação das exportações.

O desempenho por segmentos (março e janeiro-março)

Cortes de frango – Os embarques totalizaram 169.028 toneladas em março, com um aumento de 21,6% em relação a 2006. E a receita cambial somou US$ 228,631 milhões, com um acréscimo de 37%. No acumulado janeiro-março os volumes alcançaram 423.321 toneladas, com crescimento de 7,4%, e a receita somou US$ 554,144 milhões, em incremento de 10%.

Frango inteiro – Em março as exportações foram de 115.991 toneladas, com um aumento de 56,21% sobre o mesmo período de 2006. A receita cambial, de US$ 135,775 milhões, foi 90% maior que a verificada em março de 2006. No acumulado do primeiro trimestre os volumes totalizaram 273.830 toneladas, o que representou um aumento de 26,85% em relação ao mesmo período do ano passado. Na receita cambial, que somou US$ 305,719 milhões, o crescimento foi de 36,86% na mesma comparação. 

Industrializados – Neste segmento, de maior valor agregado, os embarques foram de 18.446 toneladas em março, em crescimento de 50,67%. A receita cambial somou US$ 44,333 milhões, com aumento de 62,57%. No período janeiro-março os volumes exportados alcançaram 47.578 toneladas, o que representa um aumento de 70,14% na comparação com o mesmo período de 2006. E a receita cambial somou US$ 110,664 milhões, com um aumento de 74,5%.

O desempenho por mercados de destino (janeiro-março)

União Européia – Os embarques somaram 121.035 toneladas, em crescimento de 49,5% na comparação com 2006. E a receita cambial foi de US$ 252,427 milhões, com aumento de 53,9%.

Oriente Médio – No primeiro trimestre os embarques totalizaram 233.693 toneladas, em crescimento de 44%. A receita somou US$ 275,370 milhões, o que representa um incremento de 47,15% sobre o mesmo período em 2006.

América do Sul – Foram exportadas 33.039 toneladas entre janeiro e março, em uma queda de 37,7%. Na receita cambial, que somou US$ 37,404 milhões, a redução foi de 38%.

África – Os embarques totalizaram 57.127 toneladas, em queda de 6,6%. A receita cambial somou US$ 44,426 milhões, com aumento de 5,36%.

Ásia – Para esta região as exportações foram de 192.140 toneladas no primeiro trimestre, com uma redução de 1,6%. A receita cambial, de US$ 243,572 milhões, teve redução de 2,4%.

Rússia – Os embarques totalizaram 30.953 toneladas, em queda de 24,55%. E a receita foi de US$ 36,983 milhões, com redução de 12%.