A Coopercentral Aurora de Santa Catarina anunciou um reajuste de 5% no preço praticado na compra de suíno vivo pela empresa a partir desta terça-feira (06/10). Com isso, o preço-base por kg de animal em pé sobe de R$ 1,80 para R$ 1,90, sobre o qual se acresce o adicional de tipificação e transporte, que representa em média mais 10%.
Esse reajuste (o segundo em 15 dias) é parte do esforço de recuperação do setor, explicou o presidente da Coopercentral, Mário Lanznaster. O mercado vive um raro momento de equilíbrio entre oferta e procura, com expectativa de leve escassez no último bimestre do ano, quando as indústrias tradicionalmente trabalham à plena capacidade.
“Será a primeira boa fase de 2009”, expõe o dirigente, lembrando que, desde o ano passado, o mercado vive um difícil período marcado pela oferta excessiva de suínos vivos, desajuste cambial, queda nas exportações e redução do consumo em face do surto de gripe A, indevidamente associada ao segmento.
Lanznaster explicou que o reajuste estimula o criador de suínos e, ao mesmo tempo, evita o abandono da atividade ou a redução da base produtiva mediante o descarte de matrizes. “Estamos educando o mercado para uma situação de controle na produção para evitar a superoferta que, a cada ano, provoca o achatamento de preços para produtores e industrializadores”, sublinhou.
O presidente da Aurora assegura que está em marcha uma gradual recuperação dos níveis de preços neste último trimestre do ano (o reajuste anterior foi concedido em 21 de setembro) e prevê que, em 2010, os suinocultores e as agroindústrias conseguirão ajustar os níveis de produção com os níveis de consumo.
A suinocultura representa a maior cadeia produtiva de Santa Catarina, gerando 65 mil empregos diretos e 140 mil indiretos. Cerca de 55 mil produtores dedicam-se a atividade. O rebanho permanente é de 6 milhões de cabeças.
Formação de preços – A remuneração do criador de suínos é composta pelo preço básico, que aumentou de R$ 1,80 para R$ 1,90, e do ganho proporcionado pela qualidade da carcaça (tipificação) mais o frete, em torno de 10% ou R$ 0,19, totalizando o teto de R$ 2,09 por quilograma de peso vivo.
* Com informações da Assessoria de Imprensa