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Autoridades do Brasil e Chile comemoram relacionamento no comércio agropecuário

<p>Não existe comércio sem problemas e acho que é importante termos confiança mútua e mecanismos para resolvê-los, afirma embaixador.</p>

Redação (22/08/2008)- A relação entre Brasil e Chile no setor agropecuário foi tema da reunião de autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Ministério das Relações Exteriores daquele país, nessa quinta-feira (21). O diretor-geral de Relações Econômicas Internacionais, embaixador Carlos Furche, conversou sobre os avanços no comércio bilateral com os secretários de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, e de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, e equipes.

As ações do Brasil para ampliar as exportações de carne bovina ao mercado chileno foi um dos principais temas da pauta. “Estamos cumprindo à risca o cronograma acordado e esperando a vinda da missão chilena para finalizarmos o processo”, afirmou o secretário de Defesa Agropecuária. Em julho, Kroetz esteve com representantes do Serviço Agrícola e Pecuário do Chile (SAG) e solicitou o reconhecimento das unidades federativas identificadas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres de febre aftosa com vacinação. Isso permitirá que, além do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, outros estados sejam habilitados a exportar carne bovina para o Chile. Recentemente, o país vizinho retomou as importações de suínos e aves.

Para Kroetz, a provável certificação da carne bovina brasileira, prevista para novembro, terá impacto significativo nas exportações. Furche, por sua vez, explicou que o Chile é, hoje, dependente da carne de outros mercados e pretende comprar o produto brasileiro o quanto antes. ”Já importamos, em média, 300 mil toneladas de carne bovina de outros países e acredito que, em breve, voltaremos a importar o produto do Brasil, que é hoje o maior vendedor de carne do mundo”, enfatizou.

Na área vegetal, os chilenos querem conhecer o trabalho do Brasil no combate ao greening (praga do citros), e à cydia pomonella (praga da maçã), além do modelo de análise de risco. Para setembro, está prevista uma reunião entre técnicos dos dois países para tratar do Sistema para Manejo de Risco de Pragas que será implementado na próxima safra. Esse sistema fará o controle sanitário do ácaro Brevipalpus chilensis, responsável pela suspensão das importações de frutas chilenas, em março deste ano, e já retomadas há dois meses.

Sobre o atual momento entre os dois países, o embaixador comemorou a resolução de todos os problemas ocorridos no primeiro semestre de 2008 e acrescentou: “Não existe comércio sem problemas e acho que é importante termos confiança mútua e mecanismos para resolvê-los”.