Da Redação 19/12/2005 – O grupo que representa os países ricos e agroexportadores como Austrália e Canadá emitiu uma nota em conjunto com o G 20 grupo de 21 nações que pede redução de subsídios agrícolas. O documento marcou a segunda união bem sucedida dentro da 6 Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Outro documento lançado nesta sexta, dia 16, pode ter marcado o nascimento do G 110 nome usado por alguns negociadores para batizar a possível união entre a maioria das nações do Sul do planeta. Atualmente os chamados países em desenvolvimento se unem em torno do G 20. Os países pobres unem-se em várias frentes.
Em nota conjunta lançada nesta sexta-feira, os membros do G 20 e do Grupo de Cairns reafirmam que o motor das negociações deve ser a agricultura. E enfatizam, a dois dias do encerramento da conferência, que a dinâmica da negociação requer movimentos por parte da União Européia e dos Estados Unidos.
Conclamamos os principais membros a demonstrarem a necessária flexibilidade nesta semana para garantir que possamos concluir as negociações em 2006 e cumprir as promessas da Agenda de Doha para o Desenvolvimento diz o documento.
Diante da falta de perspectivas de progresso em outros temas, a pressão tem se concentrado em um tema teoricamente simples: a fixação de uma data para o fim dos subsídios à exportação a eliminação de tais subsídios já havia sido acordada em julho de 2004.
O apoio aos países mais pobres é outra aposta do G 20 para não sair de Hong Kong com o sentimento de missão fracassada. Neste sentido, em conjunto com o grupo de Cairns, os países do G 20 pedem “progressos” no chamado tratamento especial e diferenciado, também já acertado em julho do ano passado, incluindo produtos especiais, mecanismos de salvaguarda especial e temas como produtos tropicais.
Sem progressos significativos nessas áreas em Hong Kong, corre-se o risco de estender o impasse ainda por um longo período de tempo, perspectiva insustentável para a Rodada conclui a nota conjunta.