Redação (06/12/06) – Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou há pouco que o Indice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 0,57% em novembro, após uma alta de 0,81% em outubro. O índice acumula alta de 3,52% nos 11 primeiros meses do ano e de 3,59% nos últimos 12 meses.
Dois dos três componentes do IGP-DI mostraram acréscimos em suas taxas de variação entre outubro e novembro: o Indice de Preços ao Consumidor (IPC), de 0,14% para 0,24%, e o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC), de 0,21% para 0,23%. Em sentido inverso, o Indice de Preços por Atacado (IPA) registrou redução em sua taxa, de 1,16% para 0,75%.
No IPA, o índice relativo a Matérias-Primas Brutas apresentou alta de
3,03%, após elevar-se 5,10%, no mês anterior. Os principais destaques no sentido descendente foram: bovinos (5,58% para menos 7,01%), aves (9,00% para menos 5,08%) e cana-de-açúcar (deflação de 1,89% para queda de 4,19%). Em sentido oposto, atenuando a desaceleração do grupo, vale mencionar: café (em grão) (0,85% para 13,10%), milho (em grão) (11,07% para 13,89%) e mandioca (aipim) (0,01% para 14,55%).
O índice do grupo Bens Intermediários registrou deflação de 0,18% em
No estágio dos Bens Finais, a taxa de variação recuou de 0,39%, em outubro, para 0,37%, em novembro. A principal contribuição para a desaceleração partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa recuou de 1,83%, em outubro, para menos4,39% em novembro. O índice de Bens Finais (ex), obtido após a exclusão de alimentos in natura e combustíveis, registrou inflação de 1,08%, acelerando-se em relação a outubro, quando a taxa havia sido de 0,55%.
O Indice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou inflação de 0,24%, acima da apurada no mês de outubro, de 0,14%. Cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimos em suas taxas de variação: Alimentação, Despesas Diversas, Transportes, Vestuário e Educação, Leitura e Recreação, em ordem decrescente de impacto sobre o IPC.
Entre as classes citadas, os destaques foram: frutas (deflação de 4,21% para alta de 0,37%), cigarro (1,19% para 4,27%), álcool combustível (deflação de 5,56% para queda de 1,79%), roupas (1,46% para 1,78%) e passagem aérea (deflação de 2,30% para queda de 1,06%), respectivamente.
Em sentido contrário, registraram decréscimos em suas taxas de variação os grupos Habitação e Saúde e Cuidados Pessoais. A primeira classe de despesa foi a que mais contribuiu para conter o avanço do índice, dada a queda registrada na taxa do item tarifa de eletricidade residencial, que passou de 0,21% para menos 1,63%.
O núcleo do IPC registrou inflação de 0,26%, em novembro, ante 0,17%, em outubro. Para efeito de cálculo do núcleo, em novembro, foram excluídos 43 dos 87 itens componentes do IPC. Destes 43, 19 registraram variações acima de 0,80%, taxa que, no processo de cálculo do núcleo, representa a linha de corte superior, e 24 apresentaram taxas abaixo de menos 0,02%, linha de corte inferior. O índice de dispersão, que mede a proporção de itens com variação
percentual positiva, subiu de 51,54% para 56,58%.
A taxa de variação do Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou de 0,21%, em outubro, para 0,23%, em novembro. Dos três componentes, apenas Materiais registrou decréscimo em sua taxa de variação, que recuou de 0,35%, em outubro para 0,30% em novembro. O índice referente ao grupo Serviços avançou de 0,37% para 0,49%. Quanto ao grupo Mão-de-Obra, a taxa de variação passou de 0,04%, em outubro, para 0,12%, em novembro. O acréscimo foi conseqüência do reajuste salarial na cidade de Recife. Com informações da Agência Leia.