Orientar sobre o manejo e a comercialização de frangos e galinhas. Essa é a proposta do Programa de Comercialização Coletiva de Avicultura Familiar desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), no município de Poté, no Vale do Mucuri. A iniciativa ajudou a diminuir despesas e garantir mercado para os avicultores.
Antes do programa, os produtores trabalhavam isoladamente. Um dos principais problemas era o alto valor das despesas. Orientados pela Emater-MG, os avicultores optaram por trabalhar em conjunto. A partir daí foi implantado no município o Programa de Comercialização Coletiva de Avicultura Familiar. Uma iniciativa da Emater-MG em parceria com a Associação Apícola do Alto Mucuri (Apialto para estimular a avicultura de corte e postura.A proposta visa principalmente organizar a compra e a venda coletiva das aves. Ao comprarem um número maior de aves de uma só vez, os avicultores conseguem um preço melhor.
O desconto pode chegar a 10% dependendo da raça. “É uma grande vantagem para nós por que o preço fica mais em conta”, diz o produtor Ubirajara Clóvis Ferreira.O grupo é formado por 12 produtores. A compra coletiva é organizada pela Emater-MG que, além de pesquisar os melhores preços, também se preocupa com a qualidade das aves a serem adquiridas. Os recursos para a compra são do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A comercialização das aves também é feita em conjunto por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal. Isso garante a venda de 50% da produção do grupo que é adquirida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). De acordo com Ubirajara Ferreira, o valor pago pela Conab é melhor do que o de mercado.
O que não é comercializado por meio do PAA é vendido no comércio local. “As pessoas preferem comprar nossos produtos, pois sabem da procedência, sabem de onde vem”, explica Ubirajara.Por meio do Programa de Comercialização Coletiva, os avicultores recebem todas as orientações necessárias da Emater-MG. Os produtores são informados sobre o preparo da ração, limpeza do local e cuidados para a prevenção de doenças.
De acordo com o extensionista do escritório local da Emater-MG, Élvio Pereira Alves de Souza, antes do programa a taxa de mortalidade era de 10%. Hoje, não ultrapassa 3%. “Além de comercializar as aves, os produtores vendem os ovos e têm alimento para sustentar a família. O programa possibilitou que os avicultores aprendessem a planejar suas ações”, diz Élvio Pereira.