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Avícola Felipe amplia abate de olho no mercado externo

<p>Exportações do frigorífico atualmente respondem por 50% da produção, mas devem subir para 60% nos próximos meses, tendo como destinos principais o Japão e a China.</p>

Redação AI 25/04/2005 – Depois de investir R$ 18 milhões nos últimos dois anos para aumentar a capacidade de produção, a Avícola Felipe, de Paranavaí, no noroeste do Paraná, passou a abater 95 mil frangos por dia na última semana e prepara-se para aumentar esse número para 120 mil até dezembro, quando completará dez anos. A empresa, que é hoje a maior empregadora do município com 1,4 mil funcionários, deve faturar R$ 150 milhões em 2005, 34% mais que no ano passado.

E o plano é continuar crescendo em 2006. No próximo ano, a empresa investirá R$ 6 milhões em um incubatório. “Decidimos trabalhar com frango na região da pecuária, mandioca e laranja”, diz o superintendente da empresa, Paulo Felipe. Ele é o filho mais velho de Geraldo Felipe, um dos fundadores da rede de lojas Casas Felipe, que chegou a ter 41 lojas no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul e foi vendida em 1996 para a Magazine Luiza.

A aposta no frango foi feita um ano antes. “A avícola não tem nada a ver com as Casas Felipe”, explica o empresário, que tem como sócios dois cunhados, Mario Camargo, ex-dono de uma loja de colchões, e Fábio Palazzi, ex-dono de uma loja de cozinhas moduladas. Atualmente os três dedicam-se apenas à avícola, que trabalha com 400 criatórios e tem 300 integrados remunerados de acordo com a eficiência no trato da ave. Deles depende a ampliação do abate. “O frigorífico já comporta o aumento”, diz Palazzi, que é o diretor agropecuário.

O negócio foi viabilizado a partir de um empréstimo de R$ 3,5 milhões do BNDES repassado pelo extinto Banestado em 1995. Em 1997 o Fundo de Desenvolvimento do Estado (FDE) emprestou mais R$ 6 milhões. Dois anos, depois começaram as primeiras exportações, que atualmente respondem por 50% da produção e devem subir para 60% nos próximos meses, tendo como destinos principais o Japão e a China. A Avícola Felipe não trabalha com frango inteiro e vende toda a produção em cortes, tanto no mercado interno como no externo.

Do que fica no país, 15% é vendido a atacadistas do Rio de Janeiro, 80% segue para a região Nordeste do país, 4% para o Rio Grande do Sul e apenas 1% fica no Paraná, onde a marca adotada pela empresa, Mister Frango, é pouco conhecida.

A avícola tem também uma fábrica de ração. “Ela é disparado a maior empregadora do município e empata com a prefeitura”, observa o prefeito de Paranavaí, Maurício Yamakawa (PDT).