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Avicultores se reúnem em SP para discutir greve portuária

As exportadoras avícolas paranaenses já perderam até R$ 20 milhões com a paralisação de Paranaguá.

Redação AI 24/03/2004 – 06h00 – As exportadoras avícolas paranaenses já perderam até R$ 20 milhões com a paralisação do Porto de Paranaguá. Nos quatro dias de greve, as mercadorias não embarcadas impediram que o setor faturasse R$ 17,4 milhões. Só o custo com a ração extra, devido a demora, foi de R$ 70 mil. Outros R$ 500 mil foram perdidos com os pintinhos que deveriam ser enviados para as granjas, mas tiveram seus lugares ocupados pelos frangos que não foram embarcados. Sem levar em conta as despesas operacionais.

Esse é o quadro que o Paraná vai apresentar no encontro da executiva nacional  da UBA (União Brasileira de Avicultores) que acontece hoje, 24, em São Paulo, que reúne associados de todo o Brasil para discutir os prejuízos contabilizados nos quatro dias de greve nos portos do país. O Paraná vai ser representado pelo presidente do Sindiavipar (Sindicato das Indústrias Avícolas do Estado do Paraná), Domingos Martins. O encontro prevê a elaboração de uma estratégia para evitar a repetição das perdas em futuras greves. Essas precauções estão sendo tomadas porque após o dia 29, data do fim da trégua dos ficais do Ministério da Agricultura, pode haver nova paralisação.

As dificuldades do setor aumentaram ontem quando, durante a trégua dos ficais do Ministério da Agricultura, foi anunciada a greve das empresas terceirizadas para a administração do porto de Paranaguá, por onde passam mais de 50% dos frangos exportados pelo estado. De acordo com o Sindiavipar, só no ano passado, o Paraná exportou 503 mil toneladas, 263 mil pelo porto de Paranaguá e 240 pelo de Antonina.

Consumidor

Embora a cifra das perdas pela greve seja grande, não deve haver aumento no preço do frango para o consumidor. De acordo com Domingos Martins, pelo menos até o mês de maio a população não pagará mais pela mercadoria. “Não acredito em alteração de preços. Acho que elas só aconteceriam em caso extremo”, afirma Martins. O consumo de frango no Brasil chega a 200 milhões de quilos por ano. A explicação para o fenômeno não é complicada. O frango hoje custa mais barato do que em outubro do ano passado. Em 2003, o preço era de R$ 2,40 contra R$ 2,10 no começo de 2004.