Redação AI 02/09/2005 – As exportações brasileiras de frango, que seguem em alta em função da gripe aviária, estão fazendo a avicultura bater novos recordes. Em julho, a produção de pintos de corte para alojamento bateu 398,5 milhões de cabeças, alta de 10,55% sobre igual mês de 2004 e recorde do setor, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco).
Segundo José Carlos Godoy, secretário-executivo da Apinco, com essa marca, o setor atingiu sue limite de capacidade de alojamento de pintos de corte e fala-se em falta de animais. Ele observou que justamente por conta dessa grande demanda, as empresas do setor estão investindo para ampliar o alojamento, mas os efeitos disso só devem surgir no próximo ano.
Até julho deste ano, a produção de pintos de corte somou 2,644 bilhões, aumento de 8,66% em relação a igual período de 2004.
O que está estimulando o avanço do alojamento é “acima de tudo as exportações”, afirma Godoy. Os embarques, que também foram recordes em julho, com 254,8 mil toneladas, crescem por conta da gripe aviária em regiões da Ásia que também produziam frango. Isso abre espaço para o crescimento das vendas brasileiras.
Godoy reconheceu que as atuais taxas de crescimento estão bem acima do que se esperava até o fim do ano passado. “A expectativa quanto às exportações também era mais modesta, mas a questão é que o mundo não conseguiu resolver o problema da influenza aviária”, disse, acrescetando que agora a doença avança na Rússia.
Nesse novo cenário, a Apinco já revê a estimativa de crescimento para o ano, que era de 5% a 6%, para até 8%. Em 2004, foram 4,22 bilhões de cabeças e deve alcançar 4,6 bilhões este ano.
A produção nacional de carne de frango também foi recorde em julho, com 797,4 mil toneladas, um crescimento de 10,73% sobre o mesmo mês de 2004, informa a Apinco.