O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou com a União Brasileira de Avicultura (Ubabef) um termo de compromisso. para a inclusão do setor às linhas de financiamento do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC). O acordo foi estabelecido ontem durante a abertura do XXII World Poultry Congress (WPC), em Salvador (BA).
A decisão é fruto de estudo realizado pela Embrapa Suínos e Aves, que dimensionou o impacto da redução de gases de efeito estufa com a modernização dos aviários. “O estudo mostra que os produtores de frangos podem reduzir em 4 milhões de toneladas de CO2, o que corresponde a 3% de redução da agropecuária estabelecida no Programa Agricultura de Baixo Carbono”, informou o diretor da Embrapa Suínos e Aves, Dirceu Talamini. Segundo Talamini, a mudança permite melhorar a conversão alimentar das aves, aprodutividade da mão de obra, o desempenho e a sustentabilidade da produção de frangos.
“O reconhecimento, pelo Mapa, da importância de conceder financiamento para o setor avícola ratifica a importância do trabalho que já é executado pelo setor, um dos principais em suas atividades na mitigação da emissão de gases do efeito estufa. A produção é feita em áreas que preservam as florestas, com baixo consumo de água e energia, assim como realiza investimentos na área ambiental e reciclagem de seus subprodutos. Agora será necessário se criar a sistemática operacional para se começar a operar e para que os produtores tenham acesso às linhas de crédito. Além de apoiar os produtores, a medida incrementa a imagem do setor no mercado internacional, explicitando o perfil sustentável de nossa cadeia produtiva”, afirmou Turra.
O Programa Agricultura de Baixo Carbono foi criado em 2010 pelo governo federal e oferece incentivos e recursos para os produtores rurais adotarem técnicas agrícolas sustentáveis. O objetivo é mitigar e reduzir a emissão dos gases de efeito estufa – gás carbônico (CO2), gás metano e óxido nitroso.