No Estado do Espírito Santo, pode-se dizer que a avicultura é vital para o desenvolvimento e reestruturação de todo o setor agrícola capixaba. Desde sua profissionalização nos anos 50 e 60 a atividade tornou-se não apenas uma opção para geração de trabalho e renda, mas também uma grande catalisadora da economia rural do Estado. Dessa época para cá, a avicultura capixaba passou por diversas crises, porém atualmente essa região tem voltado a ganhar destaque no mercado brasileiro, principalmente, na produção de ovos comerciais.
Esse desempenho favorável aponta para a região responsável por 92% da produção de ovos capixaba, Santa Maria de Jetibá. O município é o maior produtor do Estado e segundo maior do Brasil, atrás apenas de Bastos (SP). Em quantidade de estabelecimentos avícolas de postura comercial, a cidade tem cerca de 130 produtores. Destes, 70 pequenos avicultores operam através da Cooperativa Agropecuária Centro Serrana (Coopeavi), segundo levantamento da Associação dos Avicultores do Espírito Santo (AVES).
Fundada em 1964, a Coopeavi atua no Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia, produzindo com mais de 11 mil cooperados, em sua maioria pequenos e médios produtores. Recentemente, incorporou a Pronova, cooperativa com cafeicultores especialistas em qualidade de café, e inaugurou o primeiro Condomínio Avícola para produção de Ovos do Brasil, que completa um ano neste mês de julho.
A Coopeavi representa cerca de um milhão de aves, contando o Condomínio Avícola para Postura Comercial e todos os demais cooperados. Esse plantel representa a produção de aproximadamente 900 mil de ovos diários, equivalente a 30% das atividades da cooperativa. O relatório divulgado na última assembleia aponta ainda que o comércio de aves recriadas pela cooperativa aumentou 16,4%, enquanto o de composto orgânico avícola subiu 15,1%, em comparação com os anos de 2014 e 2015, respectivamente.
Crescimento constante
De 2010 até 2016 a cooperativa cresceu 153%, saltando de um faturamento de R$ 122,3 milhões para R$ 310,1 milhões. 2016 marcou o melhor resultado dos últimos três anos no Ebtida (sigla em inglês de Indicador Financeiro). “O aumento do indicador financeiro, que representa quanto uma empresa gera de recursos através de suas atividades operacionais, foi de 20% em relação ao último ano”, conta o presidente da Cooperavi, Arno Potratz.
Apesar das mudanças no cenário econômico e das incertezas na política nacional, a cooperativa anunciou o resultado de R$ 5,7 milhões em 2016. O valor é referente as sobras líquidas do ano passado. “Desse, um total de R$ 1,5 milhão será revertido em 50% na conta capital e outros 50% disponibilizados em crédito aos cooperados nas 20 lojas da cooperativa, conta o cooperativista. Para 2017, a previsão de investimentos aponta para adequações na Fábrica de Rações de Santa Maria de Jetibá e Baixo Guandu (exclusivo para produção de ração para ruminantes e equinos), no Noroeste do Espírito Santo, e melhorias dos processos internos com investimento em tecnologia da informação para agilizar o atendimento aos cooperados”, adianta Potratz.
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