Após analisar as medidas do Plano Brasil Maior, lançado semana passada pelo governo federal para aumentar a competitividade da indústria nacional, o presidente executivo da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, considerou a iniciativa extremamente positiva. Ele disse esperar que o setor avícola possa ser enquadrado entre aqueles a serem apoiados pelo programa.
“O Brasil é o maior exportador mundial e terceiro maior produtor de carne de frango. E essa importância da avicultura em nosso país não é apenas econômica, mas também social, ao responder pela geração de 4,5 milhões de empregos diretos e indiretos. Isto credencia o setor a ser apoiado por medidas destinadas a ampliar a competitividade”, destacou Turra.
Mencionando uma análise do Plano Brasil Maior feita para a Ubabef e pelo Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone), o presidente executivo da entidade disse que o setor avícola deveria ser contemplado, por exemplo, pela criação do Reintegra, que estabelece a devolução ao exportador de bens industrializados de 3% sobre o valor exportado.
“As medidas se referem a bens manufaturados, mas, já que o agronegócio é um dos blocos produtivos mencionados pelo programa, entendemos que os produtos avícolas podem e devem ser incluídos”, argumentou Turra.
O presidente da Ubabef também avalia que as empresas do setor que ainda têm a receber créditos de PIS/Cofins incidentes sobre exportações também deveriam ser atendidas pelo plano, que prevê maior agilidade nos pedidos de ressarcimento.
A entidade também está avaliando sobre a possibilidade de utilização, pelos frigoríficos avícolas, das medidas referentes ao financiamento das exportações, por meio do Proex e do Fundo de Garantia às Exportações (FGE).
“Iremos analisar com nossos associados a utilização dessas medidas de forma a estimular ainda mais nossas vendas no mercado internacional”, concluiu Turra.